BARUSCO AFIRMA QUE FORAM PAGOS R$ 36 MILHÕES EM AMPLIAÇÃO DE CENTRO DE PESQUISA DA PETROBRÁS

Durante a duplicação do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes), na Ilha do Governador, os consórcios Novo Cenpes e Citi e a UTC Engenharia pagaram uma propina de aproximadamente R$ 36,6 milhões a executivos da estatal e ao Partido dos Trabalhadores. Foi o que afirmou o ex-gerente da Petrobrás, Pedro Barusco Filho, em delação premiada. Conforme Barusco, o valor corresponde a 2% do total pago a empreiteiras envolvidas na investigação da Operação Lava-Jato, que atingiu uma quantia de R$ 1,83 bilhão. O projeto ao todo ficou orçado em R$ 2,5 bilhões.

Ainda de acordo com Barusco, a quantia foi divida pela metade. Diretores e funcionários da Petrobrás acabaram com 1% do valor, enquanto o outro 1% teria sido encaminhado ao PT. O custo inicial da ampliação foi projetado em R$ 1 bilhão, mas a ocorrência de 55 aditivos ao longo de sua construção catapultaram o preço das obras. Segundo o jornal O Globo, o contrato do consórcio Novo Cenpes com a estatal saltou de R$ 849,9 milhões para R$ 1,023 bilhão após 17 aditivos.

O consórcio Citi, por sua vez, composto por Andrade Gutierrez, Mendes Júnior e Queiroz Galvão, subiu de R$ 452,9 milhões para R$ 489,3 milhões, enquanto a UTC assinou um acordo de R$ 178,15 milhões e o viu chegar a R$ 318,069 milhões. A UTC, presidida por Ricardo Pessoa, ficou responsável pela construção e montagem da ampliação, além do projeto executivo.