BLUE SOL PROJETA CONCLUIR O ANO COM CRESCIMENTO DE 120% E PLANEJA PRÓXIMOS PASSOS DE OLHO EM EXPANSÃO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Depois de um início de ano desafiador, a Blue Sol caminha para encerrar 2021 com um resultado expressivo. Hoje (10), o Petronotícias conversa com o sócio-fundador da companhia, Nelson Colaferro, que traça uma expectativa bastante positiva para o final do ano. “A partir de maio, os volumes começaram a crescer fortemente. Devemos fechar o ano com aproximadamente 120% de crescimento em relação a 2020”, projetou o executivo. Colaferro atribui o resultado a alguns fatores externos, como a crise hídrica e o aumento no valor da conta de energia no mercado cativo, o que acabou incentivando alguns consumidores a migrarem para o ambiente de geração distribuída. “A sociedade está convencida de que a energia solar é uma das soluções possíveis [do ponto de vista ambiental], além de ser muito interessante do ponto de vista financeiro”, acrescentou. A Blue Sol adota, desde 2017, um modelo de franquias e a ideia é continuar expandindo essa rede ao longo do próximo ano. “Vamos continuar com a nossa estratégia de forte crescimento na nossa rede de franqueados. Então, pretendemos fechar esse ano com cerca de 250 franquias operativas. Para o próximo ano, a meta é alcançar em torno de 500 unidades”, detalhou.
Gostaria de começar nossa entrevista pedindo que o senhor faça um balanço da atuação da empresa ao longo deste ano.
Nós trabalhamos há 12 anos exclusivamente com a energia solar fotovoltaica e geração distribuída, preferencialmente instalando sistemas no ponto de consumo – telhados, fazendas e empresas. A Blue Sol conta com uma rede de cerca de 200 franquias em todo o Brasil. A empresa atua na parte de engenharia, conexão com a distribuidora, acompanhamento da troca de medidor e, por fim, nossa equipe de pós-vendas fica à disposição do cliente. Então, é um trabalho bastante focado na geração de energia para o cliente e que envolve bastante engenharia e tecnologia.
O ano de 2021 tem sido muito bom para a empresa, principalmente a partir do mês de maio. Nós, no primeiro quadrimestre do ano, sentimos ainda os efeitos da segunda onda da covid-19. De alguma forma, houve um impacto até o mês de abril. Mas a partir de maio, os volumes começaram a crescer fortemente. Devemos fechar o ano com aproximadamente 120% de crescimento em relação a 2020. Então, tem sido um ótimo ano. A nossa equipe está muito motivada para colher ótimos resultados.
A empresa adotou esse modelo de franquias no início de 2017. Como tem sido os resultados até aqui com essa estratégia?
No início de 2017 começamos com nossa primeira unidade franqueada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A partir de então, tivemos uma curva de aprendizado bastante importante ao longo dos primeiros anos dessa estratégia. Vamos comemorar, em março do próximo ano, o quinto ano desse modelo. Esse processo de aprendizado nos mostrou diversos pontos que deveriam ser adequados.
No início desse ano, percebemos que existia uma massa importante de potenciais franqueados, mas que em função da pandemia e da mudança de hábitos, tinha muita gente com o interesse em trabalhar home–based, utilizando nossas ferramentas digitais. Então, evoluímos o modelo da franquia. A maioria dos franqueados hoje trabalha em home office. Os resultados têm sido muito interessantes.
A partir daí, a Blue Sol criou uma plataforma digital na qual podemos contratar os parceiros instaladores para fazer as instalações vendidas por esses novos franqueados. Os franqueados mais antigos têm suas próprias equipes de instalação.
Anteriormente, o senhor mencionou uma expressiva previsão de crescimento para 2021. Seria interessante ouvir sua avaliação sobre os motivos que levarão à empresa a conquistar esse resultado.
A Blue Sol tem uma característica de ter uma engenharia extremamente cautelosa. Nossa empresa também sempre trabalhou com equipamentos de primeira linha e com cuidado extremo nos processos de instalação e conexão. Então, a consequência natural disso é que o cliente, após a segunda ou terceira conta de energia, perceba claramente que a energia que foi prometida na negociação está sendo entregue. É como uma progressão geométrica. O processo de indicação dos clientes é um fator importante de crescimento.
O segundo ponto está ligado a fatores externos, como o valor muito alto da conta de energia, a insegurança trazida pela crise hídrica e os aspectos de meio ambiente e sustentabilidade. A sociedade está convencida de que a energia solar é uma das soluções possíveis, além de ser muito interessante do ponto de vista financeiro. Esse conjunto de fatores explica porque a nossa demanda está surpreendendo a cada mês.
Olhando para o curto prazo, como está a expectativa da empresa para o ano de 2022? E qual será a estratégia da Blue Sol para continuar trilhando o caminho do crescimento?
Vamos continuar com a nossa estratégia de forte crescimento na nossa rede de franqueados. Pretendemos fechar esse ano com cerca de 250 franquias operativas. Para o próximo ano, a meta é alcançar em torno de 500 unidades. Esse modelo está comprovando-se interessante tanto para a Blue Sol, enquanto grupo, como também para os franqueados. Temos colhido depoimentos de ótimos resultados de muitas de nossas franquias.
Além disso, outra oportunidade está relacionada à crise energética e ao alto custo da energia. Por isso, a conta financeira para nossos clientes é muito interessante. Por fim, existe ainda o regulatório atual que rege a geração distribuída e que valerá até o final do próximo ano. Dessa forma, imaginamos que teremos um ano de forte demanda, fruto do desejo das pessoas que querem conectar-se ao sistema de geração distribuída nas regras atuais.
Pensando no período de 2023 em diante, eu acredito em um forte crescimento da tecnologia solar, possivelmente agregando tecnologias convergentes, como o processo de armazenamento de energia. O solar em si na geração distribuída continuará crescendo, na minha visão, a taxas mais comportadas. Hoje crescemos entre 80% a 120% ao ano. A partir de 2023, passaremos a crescer a uma taxa de 20% ou 30%, que também é um número bastante interessante e importante para qualquer atividade econômica.
Por fim, quais são suas expectativas com o mercado fotovoltaico, como um todo?
Temos uma grande preocupação de acompanhar esse crescimento acelerado do mercado. Estamos trabalhando internamente para dar qualidade nos processos já existentes, digitalizando muita coisa dentro da empresa, treinando as pessoas que fazem parte do nosso grupo e ganhando qualidade nos processos.
A fonte solar no Brasil tem fundamentos muito sólidos e já se provou tecnicamente viável. O consumidor está aderindo à fonte em uma velocidade impressionante, porque sabe que este é um bom caminho. Nós teremos a fonte solar no Brasil crescendo por muitos anos e trazendo economia financeira para o consumidor. A fonte também contribui fortemente para a manutenção dos reservatórios de água, trazendo mais sustentabilidade. O consumidor já enxerga que gerar a própria energia em espaços que não são utilizados para praticamente nada, como telhados, traz muitas vantagens.
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