BNDES DEVERÁ FINANCIAR NOVO EMPRÉSTIMO ÀS DISTRIBUDORAS COM R$ 3,5 BILHÕES

Fora do grupo de bancos que financiaram o primeiro socorro às distribuidoras de energia elétrica, o BNDES deve bancar parte do novo empréstimo. O banco deverá entrar com R$ 3 bilhões, sendo que outros R$ 3,5 bilhões deverão ser financiados pelo sindicato de bancos da operação inicial. As negociações para a renovação do empréstimo, que começaram na última quinta-feira (17), em reunião do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli (foto), com os bancos, indicaram a necessidade de uma captação de cerca de R$ 6,5 bilhões.

Com dificuldades financeiras, as distribuidoras ameaçaram pedir reajustes extraordinários da conta de luz, o que obrigou o governo a reabrir negociações. A expectativa era um empréstimo entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, mas o governo quer evitar que o custo maior das distribuidoras seja transferido para a tarifa ainda em 2014, o que pressionaria o aumento da inflação.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, alertou para a falta de capacidade financeira das distribuidoras de arcar com o descompasso remanescente entre a energia garantida em contratos de longo prazo com as geradoras e a eletricidade que elas precisam comprar a preços mais altos no mercado à vista. Mesmo com o leilão emergencial em abril, o empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões viabilizado pelo governo só foi suficiente para cobrir o buraco das empresas até o fim daquele mês.