BNDES E ELETROBRÁS APRESENTAM PROPOSTA PARA UM PACTO DE ENERGIA NA ONU PARA AMAZÔNIA MAS NÃO PREVÊEM USO DE SMRs
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Eletrobrás firmaram um Pacto de Energia para atuarem conjuntamente na busca de soluções que promovam a geração de energias renováveis na Amazônia. O Pacto ocorre no âmbito da chamada global da Organização das Nações Unidas (ONU) para a apresentação de “Pactos de Energia,” que foram formalizados durante o Diálogo de Alto Nível sobre Energia da ONU. Na proposta apresentada à ONU, serão conduzidos estudos diagnósticos sobre os aspectos econômicos, tecnológicos, legais e regulatórios a serem considerados em um plano de substituição da geração a diesel por energia limpa nos Sistemas Isolados da Amazônia, regiões remotas que não são atendidas por Sistemas Interligados. Atualmente, mais de 90% da capacidade energética instalada nessas regiões, onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas, tem por base térmicas a diesel, fonte fóssil altamente poluente.
O evento busca acelerar ações que promovam a implementação das metas e objetivos energéticos da Agenda 2030 da ONU, catalisando soluções inovadoras, investimentos e parcerias para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aceleração da implementação do Acordo de Paris. Os Pactos de Energia são compromissos voluntários de países, empresas, instituições e demais atores interessados, como governos locais e ONGs, com ações específicas que contribuam com o ODS 7, que prevê acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis às energias limpas até 2030. Infelizmente nesse estudo não foram previstas as instalações de Pequenos Reatores Modulares ou mesmo embarcações com estes reatores, o que parece mais adequado para a região, para evitar danos à natureza local, desvios ou construção de barragens, com inundação de grandes áreas para gerar energia. Seria uma oportunidade para não se perder uma oportunidade.
O Diretor de Crédito a Infraestrutura, Petrônio Cançado(foto a direita), disse que “O Brasil foi escolhido pela ONU como um dos líderes globais da transição energética no Diálogo de Alto Nível em Energia. Com este pacto, o BNDES vem apresentar sua contribuição como um dos maiores financiadores de energias renováveis do mundo.” A iniciativa conjunta também avaliará mecanismos de financiamento para projetos de promoção da limpeza da matriz energética amazônica e os atuais incentivos regulatórios, assim como estudará novos incentivos para a implementação de projetos.
O presidente da Eletrobrás, Rodrigo Limp(foto principal), disse que “Para a Eletrobrás, é uma honra integrar os esforços globais no momento em que o mundo volta suas atenções para a transição energética, baseada em baixa emissão de carbono e fontes renováveis. A Eletrobrás, por ser a maior empresa de energia elétrica da América Latina e referência em geração de energia limpa, tem muito a contribuir para o tema e para o alcance do ODS 7, que é um objetivo priorizado em nossa estratégia empresarial, em sinergia com nosso modelo de criação de valor.”
Estão previstas ainda ações de fomento de projetos-piloto e de incentivo a colaborações entre instituições interessadas em atuar no tema. Serão avaliados os resultados dos projetos-piloto e as contribuições das instituições envolvidas para que um plano de políticas públicas com metas específicas de descarbonização seja proposto para o período de 2025 a 2030, no contexto da Agenda 2030 da ONU. Para o Diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha(foto a esquerda), “A declaração do Pacto de Energia é mais um dos esforços do BNDES em atuar como indutor da aceleração de investimentos relacionados à transição da matriz energética brasileira para fontes renováveis.”
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