BOLÍVIA IRÁ CONSTRUIR NOVO COMPLEXO DE PESQUISAS NUCLEARES COM TECNOLOGIA RUSSA

A geração nuclear vem se consolidando como uma das principais alternativas energéticas sustentáveis para os próximos anos. Juntando-se a uma lista crescente de países que investem no setor, a Bolívia anunciou nesta semana que irá instalar um centro de pesquisas voltadas ao segmento nuclear, em projeto de US$ 300 milhões que contará com investimento argentino e aporte de tecnologia russa. O empreendimento, que ficará no município de El Alto, faz parte do conjunto de ações que vem sendo adotadas pelo governo boliviano para o desenvolvimento de energia nuclear com fins pacíficos.

O projeto do governo é criar, em quatro anos, um complexo nuclear que abrigue uma usina de ciclotron-radiofármacos, uma usina de radiação gama e um reator de pesquisa. As obras das instalações devem ter início no primeiro trimestre de 2016. A medida integra um tratado de desenvolvimento firmado em outubro do ano passado com a estatal russa Rosatom, com planejamento que se estende até 2020.

O investimento foi anunciado pelo presidente da Bolívia, Evo Morales (foto), que afirma não haver riscos na geração energética por meio de reatores nucleares. Com a meta de ampliar a capacidade do setor no país, o governo boliviano assinou acordos com França e Argentina ao longo do último ano para firmar novos aportes na indústria.