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BOLSONARO DIZ QUE BRASIL IRÁ ACABAR COM DESMATAMENTO ILEGAL E PROMETE NEUTRALIDADE CLIMÁTICA ATÉ 2050

Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta quinta-feira (22) da Cúpula de Líderes sobre o Clima. Durante sua fala no encontro, ele afirmou que o Brasil tem o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Com isso, destacou o presidente, o país irá reduzir suas emissões em quase 50% até aquele ano. Bolsonaro também disse que determinou que o Brasil alcance a neutralidade climática até 2050, antecipando o atingimento dessa marca em 10 anos.

Falando especificamente sobre a relação entre a geração de energia e a emissão de gases do efeito estufa, o presidente afirmou que Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases do efeito estufa nos últimos 20 anos, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. “No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais. Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa. Somos pioneiros na difusão de biocombustíveis renováveis, como o etanol, fundamentais para a despoluição dos nossos centros urbanos”, frisou.

O presidente declarou também que o governo enfrenta limitações orçamentárias do governo, mas que mesmo assim determinou “o fortalecimento do órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização”. Bolsonaro falou ainda que diante das dificuldades financeiras, “é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata”. Por fim, chegou a cobrar uma “justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação”.

Leia o discurso de Bolsonaro na íntegra:

biocombustiveis“Senhores Chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e Senhores,

Agradeço o convite para participar dessa cúpula de líderes. Historicamente, o Brasil é voz ativa na construção da agenda ambiental global. Renovo hoje essa credencial, respaldada tanto por nossas conquistas até aqui, quanto pelos compromissos que estamos prontos a assumir perante às gerações futuras. Como detentor da maior biodiversidade do planeta e potência agroambiental, o Brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global.

Ao discutirmos mudanças do clima, não podemos esquecer da causa maior do problema: a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos. O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases do efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo.

No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais. Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa. Somos pioneiros na difusão de biocombustíveis renováveis, como o etanol, fundamentais para a despoluição dos nossos centros urbanos.

biodieselNo campo, promovemos uma revolução verde a partir da ciência e da inovação. Produzimos mais utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta. Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra.

Como resultado, somente nos últimos 15 anos, evitamos a emissão de mais de 7,8 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera. À luz de nossas responsabilidades comuns, porém diferenciadas, continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra a mudança do clima. Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar, e reafirmar, uma NDC [sigla de Contribuição Nacionalmente Determinada, que é um compromisso internacional do Brasil na área de mudança do clima] transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, de 37%; e de 40% até 2030.

Coincidimos, senhor presidente, com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos à sinalização anterior.

madeiraEntre as medidas necessárias, para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso, reduziremos nossos, em quase 50%, nossas emissões até essa data. Há que se reconhecer que será uma tarefa complexa.

Medidas de comando e controle são parte da resposta. Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento do órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados às ações de fiscalização. Mas é preciso fazer mais.

Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica do país em recursos naturais, mas que apresenta os piores índices de desenvolvimento humano. A solução desse paradoxo amazônico é condição essencial para o desenvolvimento sustentável da região.

madeiraDevemos aprimorar a governança da Terra, bem como tornar realidade a bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade. Esse deve ser um esforço que contemple os interesses de todos os brasileiros, inclusive indígenas e comunidades tradicionais.

Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas. Neste ano, a comunidade internacional terá oportunidade singular de cooperar com a construção de nossos futuro comum.

A COP-26 terá como uma de suas principais missões a plena adoção dos mecanismos previstos nos artigos 5º e 6º do Acordo de Paris. Os mercados de carbono são cruciais, como fonte de recursos e investimentos para impulsionar a ação climática, tanto na área florestal, quanto em outros relevantes setores da economia, como indústria, geração de energia e manejo de resíduos.

aqaqaqaqDa mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação. Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional.

Senhoras e senhores, como todos reafirmamos em 92, no Rio de Janeiro, na Conferência presidida pelo Brasil, o direito ao desenvolvimento deve ser exercido de tal forma que a resposta equitativamente e de forma sustentável às necessidades ambientais, e de desenvolvimento das gerações presentes e futuras.

Com esse espírito de responsabilidade coletiva e de destino comum, convido-os, novamente, a apoiar-nos nessa missão. Contem com o Brasil. Muito obrigado.

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Rodrigo Vieira

A pessoa precisa estar muito mal informada para acreditar em uma palavra sequer desse mentiroso, psicopata e miliciano.