BP, BG E EXXON FICAM DE FORA DO LEILÃO DO PRÉ-SAL

É um péssimo sinal para o Brasil e a notícia afeta todo o mercado de petróleo e gás nacional. Três das maiores petroleiras privadas do mundo decidiram não participar do leilão de Libra, o primeiro do pré-sal, marcado para 21 de outubro. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que as três entraram em contato com ela para explicar a ausência, mas reafirmaram o interesse em futuras oportunidades no país.

Quando ocorrerão próximos leilões do pré-sal ainda é um assunto a ser decidido, mas a não participação de três gigantes como as duas britânicas e a norte-americana neste primeiro certame gera dúvidas na indústria.

A diretora da ANP esperava que todas as 40 empresas qualificadas como operadora A (que permite atuar em águas profundas) fossem participar, mas até agora apenas 11 manifestaram o interesse (a diretora havia dito inicialmente que eram 12 companhias, mas depois o número foi corrigido). Além disso, algumas delas ainda não decidiram se farão ofertas de fato, pois não formaram um consórcio com outras operadoras até o momento, como contou uma fonte de uma delas ao Petronotícias.

A agência reguladora afirma que há entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris recuperáveis na área de Libra e prevê que no pico da produção o campo atinja 1 milhão de barris por dia. Para participar do leilão, a taxa de inscrição a ser paga pelas petroleiras é de R$ 2 milhões. Pouco se comparado ao bônus fixo do certame: R$ 15 bilhões, mas muitas optaram por ficar de fora. As razões ainda são desconhecidas da maioria, mas os desafios tecnológicos, as enormes somas de investimentos necessários e as incertezas relacionadas à atuação da nova estatal PPSA têm sido citadas como possíveis fatores de motivação.

No entanto, ainda resta muita expectativa em relação às chinesas, que têm fama de agressivas em negociações e atualmente procuram investir em exploração fora de seu próprio território, com dezenas de bilhões de dólares disponibilizados pelo governo. Entre elas, devem participar do leilão de Libra a Sinopec – por meio da Repsol Sinopec Brasil –, a CNOOC e a Sinochem.

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