BRASIL E GUIANA ESTARÃO NO RADAR PARA PERFURAÇÃO DE POÇOS DE DESTAQUE EM 2022, DIZ WESTWOOD
O Brasil e a Bacia do Suriname-Guiana serão os grandes destaques em termos de perfuração de poços de alto impacto em 2022, de acordo com a Westwood Energy. Em uma recente análise publicada recentemente, a empresa afirma também que o Golfo do México será um ponto de atenção, tanto o offshore dos Estados Unidos quanto o do México. Poços importantes também são esperados no Flemish Pass, na costa leste do Canadá. Em todo o mundo, o potencial combinado em 2022 de recursos pré-perfuração sem risco, levando em consideração poços perfurados ou considerados firmes ou prováveis, é estimado em aproximadamente 30 bilhões de barris de óleo equivalente.
“Apesar da transição energética, o setor de exploração e produção manteve até o momento a contagem de poços de alto impacto. Se isso continuará além de 2022 é a questão. O programa de exploração de 2022 é dominado por poços de compromisso em licenças adquiridas antes de 2020. As coisas podem mudar em 2023 e além, à medida que os portfólios atuais são perfurados e se a área cultivada não for renovada em resposta às pressões de transição energética”, afirmou o Analista Sênior, Exploração e Avaliação Global, Jamie Collard.
No último ano, a atividade de perfuração de alto impacto esteve em um nível semelhante a 2016-2018, com 74 poços concluídos. O volume de recursos descoberto foi considerado abaixo do esperado, caindo de 19 bilhões de barris de óleo equivalente em 2020 para 6,6 bilhões de barris de óleo equivalente em 2021. Desse total, 36% corresponde a petróleo e o restante a gás natural. A taxa de sucesso comercial caiu de 41% para 31% em 2021. Ainda assim, o índice é superior à média de 23% entre 2016 e 2018.
A Rússia foi responsável por um pequeno número de grandes descobertas, mas que juntas representaram 3,2 bilhões de bilhões de barris de óleo equivalente (48%) do total. Fora do país de Vladmir Putin, as descobertas em 2021 ficaram no nível mais baixo (3,4 bilhões de barris de óleo equivalente) desde pelo menos 2008.
Além disso, a perfuração de exploração de fronteira caiu para o nível mais baixo já registrado pela Westwood (desde 2008), com apenas 15 poços de fronteira concluídos e apenas um resultando em uma descoberta comercial potencialmente modesta. Já exploração emergente foi dominada pela costa de Suriname-Guiana, onde quatro descobertas adicionaram uma estimativa adicional de cerca de 1 bilhão de barris. Perfurações de alto impacto em áreas mais maduras e estabelecidas entregaram 13 descobertas potencialmente comerciais e uma taxa de sucesso comercial de 43% – no entanto, apenas sete delas parecem ter recursos maiores do que 100 milhões de barris de óleo equivalente pós-perfuração.
Ao todo, 72 empresas participaram dos 74 poços de alto impacto perfurados em 2021, com 38 empresas participando de apenas um único poço. Os exploradores de alto impacto mais ativos foram Exxon (13 poços), Total, Petronas e Shell (nove poços cada). A Rosneft e a BP foram as únicas empresas a entregar mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente líquidos. A Repsol e a Eni saíram da lista dos exploradores mais ativos participando em apenas três poços de alto impacto cada. Ambas as empresas têm metas líquidas zero rigorosas.
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