BRASIL FECHA SEU PRIMEIRO CONTRATO PARA EXPORTAÇÃO DE URÂNIO ENRIQUECIDO COM ARGENTINA
Impulsionado por novas produções, o mercado brasileiro de energia nuclear vive hoje uma expansão e o cenário já se reflete em negócios. A Indústria Nucleares do Brasil (INB) fechou com a Argentina seu primeiro contrato de exportação de urânio enriquecido, em acordo de US$ 4 milhões que prevê o fornecimento de quatro toneladas do insumo em pó, na forma de dióxido de urânio (UO2), para abastecer a carga inicial de combustível do reator Carem, da estatal do país Combustíveis Nucleares Argentinos (Conuar).
A carga será enviada através de três lotes distintos, com teor de enriquecimento de 1,9% (1,43 tonelada), 2,6% (670 quilos) e 3,1% (2 toneladas). No caso dos dois primeiros lotes, a empresa processo estoques de urânio enriquecido importado e transformou em pó; no terceiro lote, o insumo foi totalmente enriquecido e transformado em pó no Brasil.
A informação foi anunciada nesta segunda-feira (20) pelo presidente da INB, João Carlos Tupinambá (foto), que participou do simpósio anual da Seção Latino Americana da Sociedade Nuclear Americana (LAS/ANS), no Rio de Janeiro. O contrato foi assinado há cerca de 15 dias, após um ano de diálogos com o governo argentino. Com o acordo, a INB busca selar uma parceria mais estável com o país, fechando o fornecimento para a central nuclear Atucha I e outras cargas de urânio enriquecido para o mesmo reator.
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