BRASIL JÁ VIVE A ERA DO GRAFENO QUE VAI TRAZER MUITAS VANTAGENS TECNOLÓGICAS E ECONÔMICAS PARA O PAÍS
Aos poucos o Brasil desenvolve suas pesquisas com o Grafeno e pelo grande potencial do mineral no Brasil, o país pode dar um salto de qualidade. Há empresas desenvolvendo sua aplicação, com pesquisas bem avançadas. Na ultima sexta-feira (9) presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, inauguraram a primeira e maior fábrica de produção de Grafeno em escala industrial da América do Sul, no Rio Grande do Sul. A capacidade é de produzir até cinco mil quilos de alta qualidade por ano. O Brasil é o terceiro maior fornecedor mundial do mineral grafita e possui a maior reserva mundial desse material, que é a principal matéria prima para o Grafeno. Estima-se que esse mercado movimentará, em cinco anos, mais de 3 bilhões de dólares. O reitor da UCS, Evaldo Antonio Kuiava, compartilha o potencial do Grafeno e mostra que para além das pesquisas, sua produção já é uma realidade. Ele frisa que o ecossistema de inovação na Universidade qualifica o ensino e impacta o mercado, através da conexão estabelecida com as empresas: “Dispomos de um produto viável à indústria, capaz de gerar renda para a sociedade com tecnologia brasileira.”
A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, já investiu cerca de R$ 20 milhões para levantar um centro de pesquisas com Grafeno no país de excelência. E apesar de ainda não ter previsão para ser inaugurado, o MackGrafe (Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologia) ocupará um edifício de 4.230m² no Campus de instituição, na Rua Consolação, na capital paulista. Assim como as pesquisas com o Grafeno continuam a todo pano, também devem continuar as batalhas judiciais entre as tecnologia pela disputa de patentes relacionadas ao material. Só a Samsung, por exemplo, tem 38 patentes e pelo menos 17 aplicativos que usam a palavra Grafeno no resumo de invenções, todas registradas no escritório de patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO). No mesmo órgão, a Apple tem ao menos dois pedidos relacionados ao componente.
As pesquisas com Grafeno ocasionaram na criação do Graphene Flagship Consortium, um grupo europeu liderado pela Nokia que inclui outros 73 parceiros, entre universidades e companhias de vários setores, todos interessados em explorar as capacidades do mineral. Além da Nokia e da Samsung, IBM e a SanDisk realizam experiências com o Material. Este ano, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Samsung e da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, anunciaram uma nova técnica que permite criar Grafeno de alta qualidade a partir de pastilhas de silício. Dessa forma, a substância poderia ser usada na produção de transistores de Grafeno, o que poderá ser uma nova revolução tecnológica.
O Grafeno é um material de muitas aplicações já conhecido como um dos elementos que vão revolucionar a indústria tecnológica como um todo devido a sua resistência, leveza, transparência e flexibilidade, além de ser um ótimo condutor de eletricidade. Com tantas vantagens e características promissoras. O Brasil está bem adiantado no desenvolvimento de baterias de automóveis e de celular que poderão recarregar rapidamente. Ele pode dobrar, amassar e contorcer seu aparelho telefônico sem danificar seu funcionamento. As possibilidades são muitas, e incluem ainda raquetes de tênis e até preservativos.
O Grafeno é um material constituído por uma cama extremamente fina de grafite, o mesmo encontrado em qualquer lápis comum usado para escrever. A diferença é que o Grafeno possui uma estrutura hexagonal cujos átomos individuais estão distribuídos, gerando uma fina camada de carbono. Na prática, é um material mais forte e 200 vezes mais resistente do que o aço, mais leve e mais fino que existe. Três milhões de camadas de Grafeno empilhadas têm altura de apenas 1 milímetro. Fora isso, ele é transparente, elástico, pode ser mergulhado em líquido sem enferrujar ou danificar sua composição e conduz eletricidade e calor melhor do que qualquer outro componente. O grafeno é extremamente barato para ser produzido. Dai vem a tal revolução que o material pode trazer, já que tem muito mais qualidades que o plástico e o silício.
A facilidade de manuseio do Grafeno vai permitir que ele seja aplicado em quase todos os setores da indústria. Dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Será possível fabricar um celular totalmente flexível que poderá ser literalmente dobrado, colocado no bolso e desenrolado de volta sem prejudicar sua funcionamento ou sua tela de altíssima definição. Ele também poderá ser transparente como o vidro e ter a espessura de uma folha de papel. Uma bateria pode manter o celular carregado por mais de uma semana e demora apenas 15 minutos para completar uma recarga. A sua internet também será mais rápida. Interruptores ópticos feitos com base no Grafeno aumentaram em 100 vezes a velocidade de transmissão de dados. Há ainda uma antena de Grafeno extremamente fina que permite transmitir 128GB(ou 1 terabit) em apenas um segundo, a um metro de distância.
O Grafeno ainda poderá revolucionar o setor automotivo, naval e até o aeronáutico, com a produção de veículos bem mais leves e econômicos. Pode ser usado na fabricação de fones de ouvido e painéis solares, além da capacidade de ter a capacidade de desintoxicar água contaminada, filtrar a água salgada dos oceanos, transmitir sinal FM e produzir chip e dispositivos biônicos que poderão ser implantados no corpo humano. O nosso futuro já está sendo desenhado nos laboratórios de empresas e de universidades em todo mundo. E o Brasil detém as maiores reservas de Grafeno do mundo, já se encontra na corrida tecnológica, pesquisando métodos mais baratos e eficientes para produzir o material.
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