BRASIL PODE RECEBER NOVA FÁBRICA DE EQUIPAMENTOS PARA INDÚSTRIA NAVAL E DE ÓLEO&GÁS

A Rui Neiva Representações, responsável pelos negócios no setor naval e de óleo e gás de uma série de empresas estrangeiras no Brasil, obteve bons resultados com suas representadas em 2011, e já estuda fabricar alguns equipamentos no país. A diretora da companhia, Robertha Neiva, contou ao repórter Daniel Fraiha que estão fazendo estudos para avaliar se compensará a produção local de alguns equipamentos ou se os impostos ainda são um empecilho.

Como foi o ano de 2011 para a empresa?

Foi um ano bom em termos de quantidade de empresas que conseguimos trazer para o país, além de grandes avanços na solidificação algumas empresas aqui, como Blucher, que faz sistemas de drenagem em aço inox, e a Alu Design, que faz cadeiras especiais para pilotos e tripulantes de embarcações. Tivemos bons resultados, e agora quase todos os estaleiros do Rio de Janeiro estão comprando os sistemas de drenagem da Blucher. Também o Estaleiro Atlântico Sul fez uma compra. Com a Alu Design também tivemos bons retornos, com fornecimento para alguns estaleiros, sendo que trouxemos a empresa ainda em 2011.

Estão com novos negócios em andamento?

Temos representação de empresas onshore e offshore. Agora estamos tentando trazer cozinhas para navios e plataformas, tentamos com uma empresa estrangeira, mas achamos que nossos perfis não eram muito compatíveis, então resolvemos buscar outra. Algumas empresas já nos procuraram, mas ainda não encontramos a que possa atender exatamente ao que desejamos. Esse ano vamos à OTC (Offshore Technology Conference) de Houston de novo e à SMM (Shipbuilding, Machinery and Marine Technology), em Hamburgo, e estamos querendo encontrar uma empresa para esse foco.

As feiras da área de óleo e gás são importantes para vocês?

Sim, sempre estamos presentes nas feiras locais e internacionais, acompanhando nossas representadas. Vamos aos principais eventos locais, como a Rio Oil & Gas, a Macaé Offhsore, a Navalshore, e aos eventos internacionais, como a OTC e a SMM, dentre outros. Muitas das nossas representadas são européias, então a feira de Hamburgo (na Alemanha) é muito importante para nós.

Quais são as expectativas para 2012?

Vai ser o ano das vitórias. O Brasil está com muitos projetos e estamos entrando em vários. Estamos com negócios relativos à plataforma P-61, à P-62, a quatro navios patrulha para o Estaleiro Eisa, quatro navios Panamax para a Transpetro, dois OSRV (utilizado para recolhimento de óleo em caso de derramamento no mar) para a Astromarítima, quatro suplly boat (navios de suporte) para a Brasil Supply no Eisa, mais dois PSVs (navio de apoio a plataformas) da Astromarítima no Eisa, além de quatro navios GLP (para transporte de gás) de 7 mil m³ no estaleiro STX Promar, em Suape (PE). Também estamos participando com propostas para orçamentos de projetistas que vão concorrer aos oito cascos dos FPSOs replicantes da Petrobrás. Estamos fornecendo para os quatro FPSOs da Cessão Onerosa, que serão feitos no Caju, no Estaleiro Inhaúma (RJ). São muitos projetos.

Quais são os equipamentos que vocês estão fornecendo para esses projetos?

Temos muitas coisas, como ar condicionado, purificadores, destiladores, uma série de equipamentos de todas as nossas representadas. Estamos participando nessas concorrências com propostas para os projetos. Também fizemos propostas para os projetos das sondas que serão feitas no Atlântico Sul.

Como vêem as regras de conteúdo local?

Estamos fazemos uma série de estudos para ver se compensa esse conteúdo local em função do valor do equipamento. Nossos estudos serão para avaliar se vale a pena começar a produzir no Brasil alguns desses equipamentos, porque há uma série de impostos que vão se sobrepondo, formando um efeito de cascata sobre o produto final, que podem tirar a competitividade do equipamento. Além disso, a representação desses produtos na produção do casco vai resultar em 0,7%, 0,8%, no máximo 1% do total do navio ou da plataforma.

Mas há planos de fabricar no Brasil em breve?

Nós já fabricamos, na Alfalaval, que tem uma linha de mais de oito produtos só para a indústria naval, mas com a decadência dos estaleiros e do mercado marítimo brasileiro, a empresa voltou a fabricação para outras linhas industriais. Agora estamos fazendo estudos para saber se é interessante a volta da fabricação de alguns desses equipamentos no Brasil. Esse estudo deve ser concluído ainda esse semestre.

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Leiloeiro PúblicoFlavio Fraiha Recent comment authors
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Flavio Fraiha
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A Rui Neiva traz empresas estrangeiras para o Brasil , se associa à elas e importa todos os produtos ?

De quantas empresas a Rui Neiva se associou ?

Leiloeiro Público
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