BRASIL VAI SER PIONEIRO NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ALGAS

As novidades do mercado energético tem sido constantes depois da descoberta do pré-sal, principalmente com novas tecnologias para exploração de petróleo em águas profundas, mas a parte de biocombustíveis não deixa atrás o pioneirismo do país em algumas conquistas. Mais uma delas está perto, com a primeira fábrica do mundo a produzir biodiesel e bioetanol a partir de algas, que deve ser implantada em Pernambuco, com início de construção previsto para 2013.

O projeto é uma parceria da empresa austríaca See Algae Technology (SAT) com o grupo sucroalcooleiro brasileiro JB, e deve custar cerca de €8 milhões inicialmente. Mesmo com as obras começando no início de 2013, as empresas preveem que a operação comece ainda em 2013, no quarto trimestre.

Na joint venture, caberá à SAT criar uma fazenda de microalgas, fornecer a tecnologia de produção ao Grupo JB e prestar amparo à produtividade inicial. A planta será implantada nas proximidades da usina de Vitória de Santo Antão, do grupo brasileiro, e deverá ter capacidade para produzir 1,2 milhão de litros de biodiesel de algas.

Para o grupo JB é uma grande chance de diversificar os nichos comerciais, já que a indústria de açúcar e álcool está cada vez mais concentrada na mão de algumas empresas, segundo o presidente da companhia, Carlos Beltrão. Além disso, graças às novas técnicas desenvolvidas pela SAT, o preço do combustível alternativo poderá ser similar ao do etanol de cana, entre R$ 0,80 e R$ 1 o litro.

A alternativa do biocombustível de algas é altamente sustentável. Do óleo produzido pelo vegetal, metade serve para a produção de combustível e o restante para biomassa, que pode ser utilizada na alimentação de rebanhos na pecuária e na criação de peixes.

Os executivos da SAT (foto) haviam visitado o Brasil no fim de 2011, junto aos diretores da filial brasileira da empresa, para apresentar sua tecnologia exclusiva de produção de algas a membros de governos estaduais e potenciais clientes. De acordo com a empresa, eles ficaram muitos satisfeitos “com tamanha receptividade e interesse em sua tecnologia”.