CAMINHONEIROS VOLTAM A FECHAR RODOVIAS DEPOIS DAS MULTAS IMPOSTAS PELO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES

Quanto mais força inconstitucional o Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, e membro do STF, impõe contra a população, mais reação contrária ele angaria. O ministro parece ter levantado o martelo com tanta força que bateu na sua própria cabeça. E tudo isso pode desaguar em uma desobediência civil, pois são ordens absurdas que a população já não aceita e se dobra. Depois de multar em milhões de reais caminhoneiros e donos de empresas de transportes do Mato Grosso, acusados de bloquear estradas, um estopim de uma greve organizada ressurgiu entre os caminhoneiros, que ameaçam a parar o abastecimento do país por via rodoviária, não colocando os caminhões para circularem com as mercadorias. Isso pode acabar em um caos generalizado, quase insolúvel, sem que o impasse se resolva sem uma decisão dura. O movimento parece mais forte desta vez, quase raivoso.

Alguns atos já estão ocorrendo pelo país depois que Moraes acusou empresas suspeitas de financiar os movimentos antes da eleição. Os representantes da categoria negam ter apoiado o movimento. Os caminhoneiros organizaram a greve e novas interdições em estradas após o ministro Alexandre de Moraes determinar o bloqueio de contas de empresários suspeitos de financiar o bloqueio de contas de empresários acusados de financiar os caminhoneiros. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que novamente há obstruções em rodovias federais. Até o momento, há 4 vias com fluxo totalmente interrompido: duas em Rondônia, uma em Pernambuco e outra em Mato Grosso. Além dessas, há 13 bloqueios parciais, sendo que Rondônia é o Estado que mais concentra atos, com 11 ocorrências. Não há obstruções em São Paulo. Áudios que circulam em grupos dão conta de caminhoneiros que sugerem fechar as rodovias e, inclusive, resistir à eventual ação policial. Os áudios sugerem obstruir vias em municípios de Mato Grosso, como Sinop e Campo Novo do Parecis.

Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), admitiu acionar a Justiça para pedir indenização aos caminhoneiros autônomos: “Eu já ouvi caminhoneiro autônomo falando que ‘vai passar por cima’, isso é perigoso.” Entre os que estão convocando a greve de agora está o presidente da Cooperativa de Transportadores e Profissionais da Área de Logística e Transporte de Cargas de Sinop (Cooperlog), Cleomar José. Em vídeo que circula nas redes sociais, ele chama os caminhoneiros para aderir ao movimento. Ele alega que foi protocolado um documento para cancelar as eleições. O prazo para darem um posicionamento seria nesta sexta-feira (18). “Se não tivermos resposta, temos de parar os caminhões até o STF julgar o assunto. Pedimos que os empresários deixem os caminhões no pátio para não tomar multa. Deixem os caminhões em casa.” Os protestos de hoje são os primeiros bloqueios desde 9 de novembro.