CEO DA LATAM QUER A COMPANHIA USANDO COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL, MAS PEDE APOIO AO GOVERNO, EMPRESAS E UNIVERSIDADES

ceo latamA LATAM também aderiu ao movimento das companhias aéreas pelo uso de combustíveis sustentáveis (SAF). Com um apelo para acelerar os esforços para gerar as condições necessárias para uma aviação comercial, o CEO do LATAM Airlines Group, Roberto Alvo, anunciou que a companhia vai incorporar o combustível de aviação sustentável em sua operação, privilegiando a produção gerada na América do Sul. Isso faz parte da estratégia de sustentabilidade do grupo, que busca um crescimento neutro em carbono, neutralizando 50% das emissões domésticas até 2030 e alcançando a neutralidade de carbono até 2050. Alvo disse que a América do Sul tem potencial para ser uma líder mundial na produção de combustíveis sustentáveis e, com isso, contribuir de forma muito significativa para as ações climáticas. “Para isso, é necessário que os atores públicos e privados, assim como a LATAM, colaborem e desempenhem o seu papel e ousem liderar a transição energética que o mundo exige. Com este anúncio, o grupo está dando um sinal claro ao mercado do real interesse em comprar combustíveis SAF no continente”, disse durante o evento “Wings of Change”, organizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em Santiago (Chile).

A meta da LATAM é utilizar 5% de combustível sustentável até 2030. O executivo destacou o potencial de desenvolvimento do SAF no continente devido aos seus recursos naturais e a sua riqueza em energias renováveis. No entanto, é atualmente um mercado imaturo e com pouca oferta, que ainda não tem as condições propícias para desenvolver o seu potencial, incluindo regimes regulatórios específicos, promoção da tecnologia e inovação, apoio à produção e à cadeia logística, mecanismos para diminuição dos custos, entre outros fatores. “Atualmente, os elevados custos de produção e a imaturidade do mercado impõem grandes desafios quando se pensa no uso em massa desse tipo de combustível,” afirmou.  Nesse sentido, o CEO da LATAM fez um chamado às autoridades governamentais, empresas privadas, universidades e o restante das companhias aéreas a colaborar no tema, para gerar incentivos que permitam expandir a produção, a utilização e a massificação do SAF na América do Sul como forma de encontrar soluções para a emergência climática.

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