CHEVRON E EXXONMOBIL REJEITAM PROPOSTAS DE COMBATE À MUDANÇA CLIMÁTICA
Os embates entre a indústria de petróleo e entidades ambientalistas vem ganhando cada vez mais força, principalmente nos Estados Unidos. Nesta semana, os acionistas da ExxonMobil e da Chevron rejeitaram propostas para combater as mudanças climáticas, que vinham ganhando espaço nas petroleiras devido à pressão de órgãos ligados ao meio ambiente. Enquanto 41% dos acionistas da Chevron apoiaram a resolução, apenas 38,2% na ExxonMobil votaram a favor da medida, que exige da empresa a avaliação do impacto financeiro das políticas públicas ambientais em suas atividades.
Nas assembleias desta semana, também foi rejeitada a proposta que pretendia obrigar as duas empresas a aderirem à política que busca limitar o aquecimento global a 2ºC; foram 8% dos votos na Chevron e 18,5% na ExxonMobil. A pressão por uma nova postura das petroleiras vem aumentando desde a COP21, que reuniu representantes da indústria global para debater medidas de combate ao aquecimento global.
Apesar das pressões, as duas empresas recomendaram a seus acionistas que se opusessem às resoluções, apresentadas por fundos de pensões americanos e britânicos. As políticas também vinham sendo apoiadas por acionistas importantes, como o fundo soberano da Noruega, os bancos europeus BNP Paribas, Natixis e HSBC, e as seguradoras Axa e Aegon.
“Não estamos ignorando o risco existente. Estamos baseados na realidade do mundo de hoje e na realidade da tecnologia atual”, afirmou o CEO da ExxonMobil, Rex Tillerson (foto). Segundo o executivo, a guinada contra os combustíveis fósseis ainda não seria viável para a humanidade.
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