CHINA CRITICA UNIÃO EUROPEIA POR ATRASAR CAMPOS PETROLÍFEROS E A CONSTRUÇÃO DE UM OLEODUTO ATÉ O PORTO DA TANZÂNIA

ugandaA China criticou a União Europeia por tentar atrasar o desenvolvimento dos campos petrolíferos de Uganda e a construção de um oleoduto de petróleo bruto de 1.443 km de Hoima, no oeste de Uganda, até um porto na Tanzânia. O embaixador chinês em Uganda, Zhang Lizhong, disse que a UE “não deve usar a desculpa de questões ambientais e de direitos humanos para bloquear o desenvolvimento” dos campos petrolíferos e do oleoduto de US$ 5 bilhões. “Esperamos que esses projetos continuem sem interrupções e sejam concluídos a tempo de alcançar os resultados desejados para o desenvolvimento econômico e social nacional de Uganda.  E este projeto também é significativo para as relações China-Uganda”, disse Lizhong. Ele falou depois de testemunhar a entrega de peças para uma plataforma de perfuração de petróleo no Projeto de Desenvolvimento Kingfisher, localizado nas margens orientais do Lago Albert, em Uganda.

Zhang estava respondendo a uma resolução aprovada pelo Parlamento Europeu, no mês passado, que pedia a suspensão da construção do oleoduto Hoima-Tanga devido a preocupações ambientais e violações de direitos humanos. Ambientalistas dizem que o oleoduto, que passaria perto do Lago Vitória, contaminará o abastecimento deoleoduto água, prejudicará a vida selvagem, destruirá ecossistemas e expulsará milhares de pessoas de suas casas ancestrais. Eles pediram a potenciais credores que não financiem o projeto por causa dos riscos que ele representa e apontaram que milhões de pessoas dependem da Bacia do Lago Vitória como fonte de água.

Para lembrar, a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e a gigante francesa de petróleo e gás TotalEnergies são os principais atores na exploração de petróleo de Uganda, possuindo participações nos campos de petróleo e na construção do East African Crude Oil Pipeline (EACOP) que transportaria petróleo para Tanga, Tanzânia. Em 2006, a empresa britânica Tullow Oil descobriu depósitos de petróleo comercialmente viáveis nas margens do Lago Albert, no oeste de Uganda, na fronteira com a República Democrática do Congo. Em 2020, a Tullow vendeu sua participação no projeto para uniao europaiaa TotalEnergies. A produção foi adiada devido a divergências, problemas de financiamento e contratempos de infraestrutura.

As empresas planejam iniciar a perfuração em dois campos petrolíferos ugandenses na região do Lago Albert – o local Kingfisher, operado pela CNOOC, e o campo Tilenga, operado pela TotalEnergies – até o final do ano. A TotalEnergies detém uma participação de 56,67% nos campos petrolíferos; a CNOOC tem uma participação de 28,33%; e o governo de Uganda detém os 15% restantes de participação, por meio da Companhia Nacional de Petróleo de Uganda. A CNOOC começou a importar componentes de sondas para serem montados no campo petrolífero Kingfisher. Após os testes, a perfuração deve começar em dezembro e a produção está programada para começar em 2025 e durar 25 anos.

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