COMANDO POLÍTICO-MILITAR ISRAELENSE ESTUDA ESTRATÉGIAS DE ATAQUE AO IRÃ E MANTÉM UM SILÊNCIO QUE PRECEDE UMA TEMPESTADE
O comando político militar de Israel continua em reunião permanente para avaliar suas próximas ações. Por enquanto, as atitudes que o comando israelense estabeleceu, ouvindo as vozes internas, parece ser um silêncio antes das tempestades, quando a natureza parece não se mover e, de repente, chega um temporal devastador. E devemos todos estar preparados para uma chuva de fogo que afetará todo planeta. Direta e indiretamente. Israel estuda se continuará a receber o apoio dos Estados Unidos, França, Arábia Saudita e Jordânia – que emitiu um comunicado informando que seus caças interceptariam os mísseis e os drones – caso ataque o Irã. Os iranianos temem uma resposta e estão de prontidão, sem saber o nível do ataque que poderá suportar, mas que a sua marinha fecharia o Estreito de Ormuz, impedindo o tráfego tanto de navios comerciais, quanto o de petroleiros que abastecem grande parte do mundo ocidental. Esta manhã (16) o Barril já estava custando US$ 90,32. O caos poderia chegar ao extremo do uso de armas nucleares.
Para lembrar, o ataque iraniano a Israel (13 e 14) envolveu não apenas o Irã, mas também terroristas apoiados por ele, como os Houthis e o Hezbollah. O Irã operacionalizou os dois grupos terroristas aliados para realizar simultaneamente os ataques. Israel realiza operações limitadas em Gaza, embora o Exército israelense tenha retirado a maior parte dos seus homens, deixando apenas uma divisão de forças em Gaza. Na frente norte, o Hezbollah reduziu seus ataques depois de também lançar foguetes contra Israel, com alvos no Golã. Jatos de combate de Isarael atacaram terroristas do Hezbollah em um complexo militar na área de Meiss El Jabal, além de um complexo militar adicional do Hezbollah na área de Tayr Harfa, no sul do Líbano. O risco de escalada aumenta também porque outro grupo terrorista, o Hamas, rejeitou o mais recente acordo de cessar-fogo. O Hamas parece sentir-se fortalecido, juntamente com outros representantes do Irã. Soldados iranianos também estão entrincheirado em alguns pontos da Síria, perto da fronteira com Israel.
DESEJO DE RETALIAÇÃO
O presidente do Comitê de Relações Exteriores e Defesa, Yulli Edelstein (foto à esquerda) disse, enquanto o gabinete de guerra do país debatia um plano de retaliação, que “Haverá uma resposta. Não creio que possamos fingir que nada realmente aconteceu porque conseguimos nos defender e não deixamos todos esses mísseis terrestres, mísseis balísticos e drones matarem milhares de israelenses.” O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Herzi Halevi, jurou que Israel retaliará. Edelstein disse também que desta vez “funcionou bem” e Israel resistiu ao ataque. Mas, se “não houver retaliação o Irã pode decidir que isto é algo que pode fazer todas as semanas. Existem diferentes maneiras e meios de reagir. Vamos colocar desta forma, os iranianos saberiam com certeza que seus atos impróprios não passariam despercebidos.”
Ele falou enquanto os principais aliados de Israel, incluindo os EUA, a França e a Grã-Bretanha, instaram o país a não atacar diretamente o Irã. Caso Israel decida retaliar, os seus aliados querem que escolha uma resposta mais indireta que não agrave a situação ou conduza a uma guerra total. O Conselheiro de Comunicações de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse em Washington que o ataque do Irã foi um fracasso e que Israel restaurou a dissuasão por meio da defesa bem-sucedida do país.
O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri, alertou que seu país responderia imediatamente a qualquer ataque israelense: “Em caso de repetição de outro erro, eles deveriam esperar uma resposta mais dura, rápida e imediata, em vez de esperar perto de duas semanas. Desta vez, os sionistas devem saber que não terão um prazo de 12 dias”, A resposta que eles receberão desta vez não pode ser medida por padrões de tempo como dias ou horas, mas virá em questão de segundos.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse que o Irã fechou suas instalações nucleares no domingo (14) por “considerações de segurança” e que elas reabriram ontem (15). O chefe da vigilância nuclear das Nações Unidas disse que está preocupado com a possibilidade de Israel ter como alvo as instalações nucleares iranianas, mas que as inspeções da agência às instalações iranianas seriam retomadas hoje (16). O chefe militar de Israel disse que responderia a um ataque de mísseis e drones do Irã no fim de semana, lançado em retaliação a um ataque aéreo israelense ao complexo de sua embaixada em Damasco, em 1º de abril. Grossi manteve os inspetores da AIEA afastados “até vermos que a situação está completamente calma, mas Isso não terá impacto em nossa atividade de inspeção.”
Quando questionado sobre a possibilidade de um ataque de Israel às instalações nucleares iranianas, Grossi disse que “Estamos sempre preocupados com esta possibilidade”. Ele pediu “contenção extrema”. A AIEA inspeciona regularmente as principais instalações nucleares do Irã, como as suas centrais de enriquecimento em Natanz(foto a direita), que estão no centro do programa nuclear do país. O Irã afirma que o seu programa nuclear é inteiramente pacífico, mas as potências ocidentais acusam Teerã de tentar fabricar bombas nucleares.
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