COMEÇA DAQUI A POUCO A ASSEMBLEIA QUE IRÁ ABRIR O CAMINHO PARA SILVA E LUNA ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DA PETROBRÁS
Uma nova fase na administração da Petrobrás está prestes a começar. Começa daqui a pouco, às 15h desta segunda-feira (12), a Assembleia Geral Extraordinária de acionistas que irá eleger os novos membros do Conselho de Administração da empresa. Entre os oito indicados pelo governo para o colegiado, está o general Joaquim Silva e Luna (foto), nomeado por Jair Bolsonaro para ser o próximo presidente da petroleira. A eleição de Silva e Luna como conselheiro é uma condição necessária para que o militar assuma a liderança da companhia. Depois dessa etapa, o novo Conselho de Administração (CA) da Petrobrás irá se reunir (ainda sem data definida) para confirmar o general como o novo presidente.
Além de Silva e Luna, os indicados pelo governo para o grupo são: Eduardo Bacellar Leal Ferreira (que é o atual presidente do colegiado); Ana Silvia Corso Matte; Cynthia Santana Silveira; Márcio Andrade Weber; Murilo Marroquim de Souza; Ruy Flaks Schneider (que já é conselheiro atualmente); e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos. Também estão concorrendo à uma vaga no conselho Marcelo Gasparino da Silva; José João Abdalla Filho; e Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros – todos indicados por acionistas minoritários. Leonardo Pietro Antonelli, que também disputava em nome dos minoritários, anunciou hoje que retirou sua candidatura.
No final da última semana, o Comitê de Pessoas da empresa se manifestou contra dois nomes dessa lista: Márcio Andrade Weber e Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros. Contra Weber, o Comitê apontou que o executivo era diretor da Petroserv, fornecedora e operadora de sondas da Petrobrás, até o ano passado. Já Galvão ocupou a função de diretor do Citibank – o banco foi responsável pela abertura do capital da BR Distribuidora.
O Comitê de Pessoas ressaltou que a Lei das Estatais determina que indicados para o conselho devem passar por uma quarentena de 3 anos caso tenham ligações com partidos políticos ou prestadores de serviços das companhias públicas. No entanto, ainda de acordo com o comitê, caberá a Assembleia Geral de Acionistas decidir se os dois indicados poderão assumir as funções.
A Assembleia Geral de hoje marcará também o fim da era de Roberto Castello Branco à frente da estatal. O executivo foi oficialmente demitido em fevereiro, após um desalinhamento com o presidente Jair Bolsonaro no que se refere à política de preços dos combustíveis. Agarrado à cadeira de liderança da petroleira, Castello Branco decidiu permanecer no cargo até o fim.
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