COMEÇOU A PRODUÇÃO DO FPSO GUANABARA, PRIMEIRA PLATAFORMA DEFINITIVA DO CAMPO DE MERO
Um novo marco na camada do pré-sal. A Petrobrás iniciou neste final de semana a produção do FPSO Guanabara, unidade que faz parte do primeiro sistema de produção definitivo instalado no campo de Mero, na Bacia de Santos. A planta tem capacidade de processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m³ de gás. O FPSO estava no campo desde o final de janeiro. Desde então, passou por trabalhos de conexão com poços e equipamentos submarinos. Na primeira onda serão interligados seis poços produtores e sete injetores ao FPSO. A previsão é que a plataforma atinja o pico de produção até o final de 2022.
“O FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa a operar no Brasil. A implementação de um projeto com essa tecnologia é resultado de mais de uma década de aprendizado no pré-sal e da atuação integrada entre a Petrobrás, parceiros e fornecedores. O projeto foi concebido visando aliar capacidade produtiva, eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa”, disse o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobrás, João Henrique Rittershaussen (foto à direita).
O FPSO dispõe de sistemas de reinjeção do gás. Assim, após consumo próprio no FPSO, o restante da produção de gás (com teor de 45% de CO2) será reinjetado na jazida, visando a manutenção de pressão, a melhora na recuperação de petróleo e a redução o lançamento de CO2 na atmosfera. No futuro, a Petrobrás pretende implantar em Mero a tecnologia inédita HISEP. A inovação servirá para realizar a separação e a reinjeção, ainda no leito marinho, do gás rico em CO2 do petróleo. Isso reduzirá a quantidade de gás que chega ao FPSO, aumentando assim a disponibilidade do FPSO.
Outras parceiras da Petrobrás no empreendimento também comemoraram o novo marco. O presidente e CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné (foto à esquerda), destacou que Mero, Sépia e Atapu são campos que aumentarão a produção da empresa no Brasil em 30 mil barris por dia no segundo trimestre e em 60 mil barris por dia no quarto trimestre de 2022. Assim, a produção total da empresa no Brasil deve totalizar 120 mil barris por dia no final deste ano. “Este desenvolvimento continuará com a adição de três FPSOs nos próximos anos, todos já em construção, que contribuirão com a produção de mais de 650.000 barris de óleo equivalente por dia em 2026. Com grandes recursos e uma produtividade de poço entre os melhores do mundo, este desenvolvimento ilustra a estratégia da TotalEnergies de focar em ativos de baixo custo e baixas emissões”, declarou.
Já para a Shell, o início da operação do FPSO reforça a posição da companhia em Águas Profundas no Brasil com ativos de classe mundial. “Mero é parte central da nossa posição em Upstream, que é pedra fundamental da nossa estratégia Impulsionando o Progresso, que visa entregar os recursos energéticos que o mundo precisa nos dias de hoje, de maneira estável e segura, enquanto investimos na energia do futuro”, disse a diretora de Upstream da Shell, Zoe Yujnovich.
O campo unitizado de Mero é operado pela Petrobrás (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC Limited (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na Área Não Contratada. Construída e operada pela Modec, o FPSO Guanabara está localizado a mais de 150 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade d´água que chega a 1.930 metros.
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