COMISSÃO DO SENADO APROVA PROJETO QUE ESTABELECE POLÍTICA DE PREÇOS E CRIA FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO DE DERIVADOS

51731331118_e8666d1259_zA Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou na manhã de hoje (7) um projeto de lei que estabelece uma política de preços para os derivados do petróleo no mercado brasileiro e cria um programa de estabilização do preço de derivados no país. A ideia com a proposta é desenvolver meios para amortecer os impactos dos aumentos do valor do barril e conter a disparada nos custos dos combustíveis. A matéria agora seguirá para avaliação do Plenário do Senado.O projeto é de autoria do senador Rogério Carvalho e teve relatoria do senador Jean Paul Prates, na forma de um substitutivo.

Algumas fontes de recursos poderão ser usadas para subsidiar o programa de estabilização dos preços, como dividendos da Petrobrás devidos à União; participações governamentais destinadas à União resultantes dos regimes de concessão e partilha do petróleo; resultado positivo apurado no balanço do Banco Central de reservas cambiais; e receita de superávit financeiro de fontes de livre aplicação disponíveis no balanço da União.

No entanto, a fonte de recursos que mais causou discussão foi a criação de um imposto de exportação sobre o petróleo bruto. O projeto aprovado hoje propôs as alíquotas de incidência desse tributo, que dependerá do valor do barril no mercado internacional.

imagem_materiaQuando a commodity estiver abaixo de US$ 45, a alíquota será zerada. Em um segundo caso, o percentual cobrado ficará entre 2,5% e 7,5% sobre a parcela do valor do barril acima de US$ 45 por barril e abaixo ou igual a US$ 85 por barril. O imposto passará para no mínimo 7,5% e no máximo 12,5% quando aplicado sobre a parcela do valor do petróleo bruto acima de US$ 85 por barril e abaixo ou igual a US$ 100 por barril. Por fim, a alíquota irá de 12,5% a 20% para parcelas acima dos US$ 100.

Lembrando que por ser de aplicabilidade marginal, a alíquota não incidirá sobre a totalidade dos valores, mas sim apenas sobre a parcela de preço que exceder os valores mencionados. À guisa de exemplo, no valor atualizado de US$ 75, um carregamento exportado resultaria no pagamento de US$ 0,5 a US$ 1,5 por barril, ou seja, 0,6% a 2% do valor faturado”, detalhou Paul Prates (foto ao lado), durante a leitura do relatório.

O projeto aprovado na comissão trouxe ainda alguns princípios para a política de preços de combustíveis no país, como a proteção dos interesses do consumidor; redução da vulnerabilidade externa; estímulo à utilização da capacidade instalada das refinarias; e redução da volatilidade de preços internos. A matéria estabeleceu ainda a modicidade de preços internos, para que os derivados sejam comercializados da forma mais barata possível.

O projeto estabelece que os preços internos praticados por produtores e importadores da gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo deverão ter como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação, desde que aplicáveis.

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