COMUNIDADE NUCLEAR REAGE AOS ERROS DE INFORMAÇÕES DA REPORTAGEM SOBRE ANGRA 3 NO FANTÁSTICO | Petronotícias




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COMUNIDADE NUCLEAR REAGE AOS ERROS DE INFORMAÇÕES DA REPORTAGEM SOBRE ANGRA 3 NO FANTÁSTICO

bcvbbaA comunidade nuclear brasileira ainda está surpresa, com uma ponta de indignação, com o teor da reportagem sobre Angra 3 exibida pelo programa  Fantástico, da Rede Globo, na noite deste domingo (24). Até se espera informações truncadas ou dúbias  vindas de pessoas e instituições que tenham outros interesses, mas informações erradas e distorcidas de profissionais considerados pela mídia como especialistas, dá um sinal claro de lobby que usa a mídia em seu benefício. Na matéria em que contesta a obra de Angra 3, o cientista José Goldemberg, de 90 anos, deu uma opinião errada e confusa sobre o preço da energia a ser cobrada por Angra 3, afirmando que ela seria mais cara do que outras fontes, o que não é verdade. Por estar afastado há muito do setor nuclear, parece ter se confundido. Ele já foi uma referência, mas não é mais. O professor merece todo respeito e reconhecimento. Já ocupou cargos importantes, mas atualmente a velocidade das transformações, a evolução das tecnologias, fffnem sempre permitem que todos estejam perfeitamente atualizados. Recentemente, fato informado aqui no Petronotícias, o maior ambientalista da Europa, Michel Shellenberger, fez um palestra em Madrid defendendo a energia nuclear como sendo a única geração capaz de ajudar o clima mundial.

Feio mesmo foram as opiniões de Gustavo Fernandes, professor de Administração da Fundação Getúlio Vargas. Pessoa desconhecida do meio nuclear, mas conhecido por profissionais e empresas do  setor de gás. Sua fala defende “outras matrizes renováveis” e que “para a energia nuclear a festa acabou, chegamos atrasados e não tem mais festa”. Pior, porque, mesmo sendo professor da FGV, desconheceu ou desmereceu um trabalho realizado por profissionais de alta qualificação da própria fundação, que elaborou um trabalho brilhante, o Boletim de Conjuntura do Setor Energético, publicado no mês passado, que tem em seu editorial Porque falar sobre energia nuclear no Brasil?  A publicação, que é dirigida por Carlos Otávio de Vasconcellos Quintella, ouve especialistas em energia nuclear no Brasil  e debate a participação sobre a importância do uso da energia nuclear na matriz elétrica brasileira. Mas, pelo jeito, Gustavo Fernandes pode até ser um bom professor de administração, mas ao desconhecer e contradizer  o trabalho da instituição que ele integra,  jogar fora o trabalho de seu diretor falando sobre um assunto em que não é especialista,  parece ter faltado a essa hhhhaaula.

Na última sexta-feira (22), o Ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, esteve na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, falando e ouvindo profissionais sobre a retomada das obras de Angra 3. Até mesmo o Diretor da FGV, Carlos Quintella, esteve lá e conversou com o ministro, se mostrando entusiasmado com a decisão do governo de retomar as obras com a participação do setor privado, uma grande alternativa. E de fato é. O interesse das empresas estrangeiras é muito grande. Até agora as que se mostraram interessadas e dar continuidade ao projeto são Rosatom, da Rússia, EDF e Framatome,  da França, GE e Westinghouse, dos Estados Unidos e chinesa CNNC, da China, embora se saiba que eles estejam mais interessados nas outras usinas nucleares previstas e não em terminar uma obra que não participaram e nem usará equipamentos  que não foram fabricados por eles.

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Fabio
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Fabio

O que se esperar da Rede Globo se nao confundir os leigos e atacar o governo.

Sergio Paixão
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Sergio Paixão

A energia nuclear nunca foi apresentada ao público de outra forma que não a de “vilã”. Os “especialistas” apontados pela mídia, normalmente não possuem experiência profissional ou mesmo, muitas das vezes, “maturidade acadêmica” para se pronunciarem de forma segura. É compreensível não termos quantidade significativa de reais especialistas, por não possuirmos números consideráveis de centrais nucleares, reatores de pesquisa ou centros de formações de ENGENHEIROS NUCLEARES. Daí, como habitualmente ocorre em grande número de outras áreas e setores, a presença de representantes comprometidos com grupos políticos, em lugar da transparência profissional segura de quem sabe do que fala!