CONSELHO DA PETROBRÁS SUSPENDE VENDA DE 32 ATIVOS, MAS MANTÉM TRANSAÇÕES COM PRÉ-CONTRATOS ASSINADOS

O Conselho de Administração da Petrobrás decidiu hoje (29) suspender a venda de 32 ativos incluídos no processo de desinvestimento da empresa. Porém, o colegiado manteve as transações que chegaram à fase de assinatura de pré-contrato – Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim (ES), Polos Pescada e Potiguar (RN) e Lubnor (CE). A informação foi divulgada no início desta noite pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Para lembrar, como noticiamos mais cedo, o Ministério de Minas e Energia enviou um novo ofício ao presidente da estatal, Jean Paul Prates, para uma nova avaliação sobre a possibilidade de suspensão, pelo prazo de 90 dias, da venta de ativos da companhia. O novo pedido de análise acontece em virtude da eleição dos novos diretores da petroleira, cujos mandatos começaram hoje (29).

Em resposta, a Petrobrás emitiu um comunicado dizendo que o Conselho de Administração estudaria a matéria, caso a nova gestão, recém-empossada, decida por propor a revisão do Plano Estratégico. A estatal disse também que essa revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela companhia, com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer ao longo dos quatro trimestres de 2023.

A FUP disse que pretende contribuir para a revisão do planejamento estratégico, conforme carta enviada em janeiro ao presidente da companhia, Jean Paul Prates. No documento, a Federação propõe sete principais propostas dos petroleiros para o que chamou de “reconstrução da empresa”.

“A categoria petroleira sempre esteve e estará na luta em defesa da Petrobrás, da exploração equilibrada do petróleo e do gás natural no Brasil, garantindo o desenvolvimento da indústria nacional e a geração de mais e melhores empregos em nosso país”, afirmou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.