CONSELHO EMPRESARIAL BRASILEIRO PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ENTREGA DOCUMENTO À PAULO GUEDES ANTES DA COP26 | Petronotícias




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CONSELHO EMPRESARIAL BRASILEIRO PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ENTREGA DOCUMENTO À PAULO GUEDES ANTES DA COP26

marinaO CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e os presidentes de sete empresas e duas entidades setoriais apresentaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o posicionamento “Empresários pelo Clima”, documento assinado por 112 empresas e 14 entidades setoriais no qual defendem uma economia de baixo carbono e assumem responsabilidades nessa transformação. O setor empresarial destacou as oportunidades geradas para o Brasil com negócios sustentáveis, como geração de emprego e renda, e como eles são essenciais para o país atingir sua meta de redução nas emissões de gases do efeito estufa. Os empresários também ressaltaram a importância do diálogo com o ministério e se colocaram à disposição para contribuir com a retomada verde da economia brasileira.

Além do CEBDS, estiveram presentes lideranças da Amcham Brasil e da ICC Brasil e das empresas Bayer, Bradesco, Ipiranga, Neoenergia, Shell Brasil, Suzano e Votorantim Cimentos. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, relatou ao ministro a representatividade do posicionamento “Empresários pelo Clima“,paulo guedes demonstrando que  o setor está unido no combate às mudanças climáticas: “São mais de 100 empresas e 14 entidades assumindo o compromisso de contribuir com o país no caminho para um desenvolvimento sustentável.” Marina também citou a importância de ter um mercado de carbono no Brasil. O CEBDS já desenvolveu modelos em parceria com o Ministério da Economia e o Banco Mundial e participou da redação atual do projeto de lei 528, que está em discussão na Câmara dos Deputados. “A criação de um mercado de carbono no Brasil é um caminho sem volta. É muito importante ver esse mecanismo implantado em nível nacional.”

centro glasgowNa reunião, o presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil, Luiz Pretti, afirmou ao ministro que “o amplo apoio da liderança empresarial demonstra seu compromisso e desejo por ações efetivas e ambiciosas para assegurar ao Brasil um papel de protagonismo na agenda de sustentabilidade”.  A diretora executiva da ICC Brasil, Gabriella Dorlhiac, destacou que o foco da conversa foi como a pauta ambiental também é importante para a economia, como mostra o estudo “Oportunidades para o Brasil em Mercados de Carbono“, desenvolvido pela ICC. “Projetamos um potencial de geração de receitas de até US$ 100 bilhões até 2030, isso sem falar na possibilidade de criação de cerca de 8 milhões de empregos, atração de investimentos. Os CEOs fizeram questão de ressaltar a vantagem comparativa do Brasil em relação aos outros países no quesito ambiental e de sustentabilidade.” O posicionamento será agora entregue ao ministro das Relações Exteriores, Carlos França, no próximo dia 13. Com as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente, as reuniões estão em fase de agendamento. O objetivo é dialogar com as principais áreas do governo envolvidas nas negociações para a Conferência do Clima (COP 26), que acontecerá em novembro, em Glasgow, na Escócia.

O posicionamento “Empresários pelo Clima” foi uma iniciativa capitaneada pelo CEBDS, em parceria com outras entidades empresariais, como a Amcham Brasil e acop 26 ICC Brasil. O documento foi assinado por afiliadas ao CEBDS e também por empresas não associadas, demonstrando a relevância do assunto. A lista de signatárias engloba setores como agronegócio, alimentício, aviação, elétrico, farmacêutico, finanças, infraestrutura, logística, papel e celulose, petroquímico, saúde, tecnologia, telefonia e varejo. Dessas 112 empresas, 46 publicam resultados financeiros, com uma receita líquida somada de R$ 951 bilhões em 2019.

Essas companhias já vêm adotando medidas para a redução e compensação das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), precificação interna de carbono, descarbonização das operações e das cadeias de valor e estabelecimento de metas ambiciosas de neutralidade climática até 2050. Ou seja, essas empresas já têm aplicado práticas para transformar suas operações e reduzir seus impactos sobre o aquecimento global. Dentre as medidas propostas no documento destaca-se o apoio à proposta de mercado de carbono regulado no Brasil. O tema está em discussão no Congresso Nacional e o setor privado gostaria de ver a iniciativa aprovada antes da Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP 26), em novembro.

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