CONSUMO DE ENERGIA EM MAIO CONFIRMA RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA
Um outro indicador que confirma o crescimento da economia brasileira é o consumo de energia elétrica no país. Em maio, este consumo no Brasil foi 12,4% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. O volume consumido alcançou os 62.121 megawatts médios (MW med). O mercado livre (ACL) registrou crescimento de 26,2%, enquanto o mercado regulado (ACR) apresentou alta de 6,2% em relação ao mesmo período de 2020. Se desconsiderássemos as migrações entre ambientes, ou seja, expurgando o efeito das cargas que saíram do ambiente regulado para o livre, o ACR teria apresentado crescimento de 8,7%, enquanto o ACL aumentaria seu consumo em 20,6%. O dado faz parte do Boletim Infomercado Mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. A organização ainda avalia que os aumentos consecutivos refletem a adaptação de setores da economia para operarem durante a pandemia de COVID-19.
Na análise regional, quase todos os estados encerraram o mês em alta, com destaque para Amazonas (21%), Espírito Santo (20%), Rio de Janeiro (16%), São Paulo (15%), Ceará (15%), Minas Gerais (14%), Bahia (14%) e Santa Catarina (14%). Apenas o Maranhão registrou queda (-1%). Vale lembrar que os dados são preliminares e sofrerão alterações até o encerramento da contabilização. Ao avaliar o consumo nos 15 ramos de atividade econômica monitorados pela CCEE, mesmo excluindo as novas cargas dos últimos 12 meses, todos registraram alta no mês de maio, com destaque para os setores têxteis (87,0%), seguida por veículos (84,4%) e serviços (38,4%).
Acompanhando o consumo, a geração cresceu 12,5% no mês de maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento se explica pela base de comparação mais reduzida de 2020, quando tanto a produção quanto o consumo de energia foram impactados pela pandemia.
Ao analisar a geração por fonte, houve crescimento em todas elas. As usinas hidrelétricas, principal matriz energética do Brasil, registraram alta de 4,1% (44.673 MW med). As usinas térmicas tiveram aumento de 36,1% (13.034 MW med), os parques eólicos de 37,8% (7.200 MW med) e as fazendas solares, como são conhecidas as usinas fotovoltaicas, de 15,7% (764 MW med).
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