CONTRATAÇÃO DE SONDAS DEVE SER DEFINIDA ANTES DA SAÍDA DE GABRIELLI | Petronotícias




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CONTRATAÇÃO DE SONDAS DEVE SER DEFINIDA ANTES DA SAÍDA DE GABRIELLI

Antes de deixar o cargo, Gabrielli ainda pretende finalizar a contratação das 21 sondas que foram fruto de disputa entre a Sete Brasil e a Ocean Rig no ano passado. As unidades de perfuração em grandes profundidades, voltadas para o pré-sal, estão sendo licitadas pela Petrobrás, porém o resultado definitivo foi adiado depois dos entraves criados ao longo da concorrência. Agora o presidente da estatal quer sair com a certeza de que o processo chegou ao fim.

Em outubro do ano passado, quando foram abertos os envelopes, a Sete Brasil era prevista como a favorita para levar todos os pacotes. No entanto, o valor apresentado pela Ocean Rig para cinco sondas, de US$ 584 mil para o afretamento diário de cada unidade, surpreendeu a rival. Nestes casos, a Petrobrás costuma passar a negociar diretamente com as concorrentes, tentando abaixar o preço ainda mais, porém não foi o que ocorreu desta vez.

Sete Brasil entrou com pedido de desclassificação da Ocean Rig, alegando que ela não teria capacidade para construir as unidades. Este tipo de avaliação em licitações da estatal só pode ser feito e levado adiante pela própria Petrobrás, mas a companhia resolveu fazer uma nova rodada de licitação depois que a Ocean Rig pediu anulação do recurso da Sete Br.

Os novos envelopes revelaram melhores preços da Sete Brasil, que possui participação da própria Petrobrás e do fundo de pensão da estatal. A Ocean Rig apresentou os mesmos preços anteriores, alegando que não poderia baixar o preço sem novas negociações com seus fornecedores.

No entanto, no fim de dezembro do ano passado, a licitação foi suspensa pela segunda vez, porque algumas pessoas da área de exploração e produção da Petrobrás não aceitaram que as sondas da Sete Brasil fossem contratadas da forma como se deu o processo.

Apesar da indecisão da Petrobrás, a Sete Brasil não se intimidou e começou a anunciar parcerias com estaleiros para a construção de sondas. Na mesma semana foram divulgados acordos com o estaleiro Jurong Aracruz, que teve a sua pedra fundamental lançada no mês passado, e com o estaleiro da Keppel Offshore & Marine.

Ainda não se sabe como será feita a decisão, nem o que será feito em relação às licitações suspensas, mas agora a disputa deve chegar ao fim.

A Ocean Rig, controlada pela grega Dryship, tem acordo com os estaleiros Eisa e Mauá, do Grupo Sinergy, para a construção das sondas, enquanto a Sete Brasil, formada pelos bancos Santander, Bradesco, BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, pelos fundos Previ, Petros, Funcef, Valia e Lakeshore Financial Partners Participações, além da própria Petrobrás, tem acordo com as empresas Queiroz Galvão Óleo e Gás, Odebrecht Óleo e Gás, Etesco / OAS, Petroserv, Odjfells e Seadrill.

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