CORONAVÍRUS ATINGE QUASE 80% DOS MARINHEIROS DE UM DOS MAIS PODEROSOS PORTA-AVIÕES DO MUNDO
O Coronavírus botou boa partir da tripulação do porta-aviões USS Theodore Roosevelt a pique. O navio, da Classe Nimitz, um dos mais poderosos e temidos do mundo, possui dois reatores nucleares a bordo que servem como o coração do navio e são responsáveis por fornecer energia aos sistemas críticos do navio. Especificamente, os reatores servem como fonte primária de energia para sistemas elétricos e de propulsão. E foi exatamente nesse setor que apareceram os primeiros casos. Embora os detalhes sejam limitados, um surto entre a equipe do reator poderia ser facilmente considerado o pior cenário, pois as perdas no departamento do reator poderiam colocar o navio fora de serviço porque não haveria o número necessário de técnicos ou operadores para operar com segurança ambos os reatores no mar. Em resposta ao surto de coronavírus, o USS Theodore Roosevelt entrou no porto de Guam.
Como o número de casos de coronavírus a bordo do porta-aviões aumentou nos dias que se seguiram ao surto inicial e os médicos do navio de guerra avisaram que mais de 50 pessoas poderiam morrer, o capitão Brett Crozier, pediu à Marinha americana uma assistência adicional. Crozier avisou que “a propagação da doença está em andamento e está se acelerando”. Em seu apelo, ele pediu à Marinha que tomasse ações decisivas e evacuasse a esmagadora maioria da tripulação. “Os marinheiros não precisam morrer”, escreveu ele, acrescentando que, se nada for feito, “haverá perdas”. A mensagem vazou para a mídia e, dias depois, o Capitão foi dispensado d seu comando
A partir de domingo, o número de marinheiros a bordo do USS Theodore Roosevelt que testaram positivo para o coronavírus aumentou para 585. Crozier está entre eles. Todos os infectados estão em quartos especiais na Base Naval de Guam. A Marinha americana revelou que 3.967 marinheiros, mais de 80% dos 4.800 tripulantes, foram levados para terra, na Base de Guam. A Marinha deixou claro que não pretende remover todos os marinheiros do navio, já que alguns precisam ficar para trás para manter e operar sistemas essenciais.
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