CORRENTE NO CANADÁ DEFENDE QUE DEIXE FECHAR A LINHA 5 DO OLEODUTO DE MICHIGAN AMANHÃ PARA SE CRIAR UM CAOS NO ABASTECIMENTO
Já há quem defenda que o Canadá e a própria Enbridge concordem em não recorrer da decisão da governadora Gretchen Whitmer, de Michigan, para fechar a Linha 5 do oleoduto a partir de amanhã (12). Mesmo que apenas por alguns meses. E esta defesa vem, não porque deseje o mal ao Canadá e a empresa canadense, mas porque se acredita que apenas no caos que isso resultará, fará as pessoas reconhecerem a necessidade do abastecimento da linha 5, que cruza o Lago de Michigan. O que é melhor para o Canadá é segurança e autossuficiência energética, o que é simplesmente impossível sem os dutos. Desligar esta linha 5, de vida de energia vital, mesmo temporariamente, proporcionaria um golpe coletivo para as vidas e meios de subsistência de canadenses e americanos. O que se defende é que um mini-caos pode fazer com que políticos ambientalistas entrem na realidade.
No domingo, o governo do presidente Joe Biden foi forçado a aprovar uma legislação de emergência para relaxar suas regras de segurança no transporte rodoviário de combustível para minimizar a interrupção do abastecimento por conta do ataque cibernético contra a Colonial Pipeline. Isso permitiu que motoristas em 18 estados trabalhassem horas extras ou mais flexíveis no transporte de produtos petrolíferos refinados. O primeiro-ministro Justin Trudeau seria da mesma forma forçado a relaxar as regras de segurança e ambientais nas barcaças que viajam pelo St. Lawrence Seaway ou para os motoristas que transportam óleo ou propano para suprir a sede de produtos petrolíferos.
O Prefeito de Sarnia, Mike Bradley, disse que de 3.000 a 4.900 empregos bem remunerados nas refinarias de Sarnia poderiam ser perdidos caso a Linha 5 fosse fechada e outros estimados 23.000 empregos em Ontário também desapareceriam: “Escrevi uma carta para todos os gabinetes de prefeitos em Ontário, com mais de 50.000 habitantes, há cerca de dois meses, dizendo: ‘Seus preços de energia vão disparar e você terá mais tráfego ferroviário, e o que sabemos, nem sempre funcionou bem no Canadá. E mais tráfego de caminhões e mais tráfego de barcaças nos Grandes Lagos. Então, como isso é amigo do ambiente?”. O fechamento da Linha 5, é claro, prejudicaria Alberta também, mas se isso significasse abrir os olhos dos canadenses centrais para a necessidade de maior segurança energética, dizem os canadenses, valeria a pena.
A alternativa apresentada pela Enbridge às autoridades americanas foi a construção um túnel 30 metros abaixo do leito do rio e por este túnel seria lançada uma nova Linha 5. Em uma audiência pública, a empresa canadense apresentou três alternativas para o lançamento da linha. As autoridades americanas e a sociedade que participaram dessas audiências elegeram a tecnologia da empresa brasileira Liderroll como a melhor e mais rápida alternativa. O Presidente da empresa brasileira, Paulo Fernandes, ouvido pelo Petronotícias, disse que: “Estamos na expectativa de que possamos colaborar como a nossa experiência, que foi testada e aprovada no Gasduc III e no Gastau, um túnel semelhante, sob a serra do Mar, em São Paulo. O túnel do Gastau tem 5 quilômetros”.
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