CORTE DAS ALÍQUOTAS DE IMPORTAÇÃO DO AÇO PODE IMPACTAR AS SIDERÚRGICAS BRASILEIRAS E FORÇAR UMA QUEDA NOS PREÇOS
A informação de que o governo vai zerar o imposto de importação do aço repercutiu muito entre as empresas brasileiras do setor de óleo e gás, principalmente. Desde o início da pandemia, os preços do aço no Brasil saíram do controle em função da paralisação de diversos altos fornos das siderúrgicas que operam no país. Os negócios caíram e o recuo na produção fizeram o preço subir quase sem controle. Na época, o governo deixou o mercado se ajustar por si só, mas não foi o que aconteceu. Agora, com a liberação do imposto de importação, traz a tendência de redução nos preços no mercado brasileiro. O corte deve ser anunciado oficialmente amanhã (11). Outros produtos também serão beneficiados com esta mesma medida, como itens da cesta básica e da construção civil. O cenário de inflação em alta, fez o governo ir nesta direção. O governo pode anunciar também uma nova redução geral de 10% na Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, o que incidiria sobre quase todas as importações brasileiras, deixando de fora poucos setores, como automóveis e cana de açúcar. Com as medidas, o governo quer impactar o mercado ao reduzir o custo de importação de vários itens, o que contribuiria para forçar os preços da indústria nacional para baixo. Os 11 bens que serão zerados são produtos que pesam no bolso do brasileiro e têm ajudado a aumentar a inflação.
A redução do imposto de importação dos 11 itens tem que passar pela Câmara de Comércio Exterior, um grupo que reúne representantes de vários ministérios, além da Presidência da república. O governo adotou medida semelhante ao zerar até o fim do ano os tributos de importação de etanol, alguns alimentos e bens de informática e de capital. A renúncia tributária foi calculada em R$ 1 bilhão. Também foi zerado o tributo sobre etanol, que era de 18%. Além de zerar o imposto para os 11 produtos, o Brasil também estuda uma nova redução nas tarifas cobradas para importações de fora do Mercosul. Pelas regras do bloco, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai cobram uma mesma alíquota de importação.
Em março, os ministérios da Economia e das Relações Exteriores anunciaram a redução em 10% das alíquotas de 87% da pauta comercial, mantendo de fora bens como automóveis e sucroalcooleiros, que já têm um tratamento diferenciado pelo bloco e justificou a medida após a alta de preços gerada com a pandemia do coronavírus. Agora, a razão é a guerra da Ucrânia.
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