CORTE NOS SUPRIMENTOS DA RÚSSIA FAZ PREÇO DO GÁS SUBIR SEGUIDAMENTE NA EUROPA
A queda de braço no setor de gás segue a pleno na Europa. A Rússia cortou ainda mais os suprimentos e os preços do gás aumentaram pelo segundo dia consecutivo, aprofundando os problemas de energia na Europa. O UK Natural Gas Futures subiu 26%, enquanto os preços subiram 10% no benchmark holandês equivalente. Embora uma flotilha de cargas de gás natural liquefeito dos Estados Unidos tenha trazido algum alívio para a região durante o Natal, com os preços caindo durante o período festivo, os benchmarks se recuperaram em meio ao aumento da demanda da Ásia e ao agravamento das tensões entre a Rússia e a Europa. A alta nos preços segue com a Rússia continuando a cortar seus suprimentos para a Europa no ano novo, com o oleoduto Yamal-Europa registrando fluxos reversos da Alemanha para a Polônia pelo 15º dia consecutivo. O abastecimento russo, via Ucrânia, também permanece restrito, depois que a Gazprom, apoiada pelo Kremlin, cortou seu volume diário de trânsito de gás via Ucrânia para a Europa para cerca de 50 milhões de metros cúbicos, o menor nível registrado desde janeiro de 2020. Atualmente, a Rússia fornece 35% do gás natural da Europa, e suas exportações para a Alemanha dobrarão se o gasoduto Nord Stream 2 for certificado pelo regulador do país.
O processo foi suspenso no final do ano passado em meio a preocupações de governança, sem nenhuma decisão esperada sobre o oleoduto já concluído. As autoridades ucranianas acreditam que a Rússia está reduzindo os suprimentos para a Europa para agravar a escassez de gás durante o inverno e acelerar a aprovação do gasoduto Nord Stream 2. Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou anteriormente as afirmações de que a Rússia está usando gás como arma de motivação política. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve se encontrar com Putin por causa das tensões na fronteira com a Ucrânia, que também contribuíram para aumentar a incerteza e, consequentemente, aumentar os preços.
A Gazprom insistiu que cumpriu todas as suas obrigações contratuais. Ela embolsou quase US$ 500 milhões em dividendos da atual crise de energia – e recentemente assinou um acordo de longo prazo com a empresa de serviços públicos grega DEPA. A Europa está enfrentando uma séria crise de energia neste inverno, com o continente sofrendo com problemas de armazenamento e escassez de fornecimento em meio ao aumento da demanda. Agora há preocupações crescentes com a potencial escassez de energia neste inverno, com Kosovo já apresentando apagões no mês passado. Isso foi agravado pelo fato de a França reportar extensas falhas técnicas em seus reatores nucleares antigos, enquanto a Alemanha optou por fechar três de suas seis usinas nucleares restantes em meio a preocupações ambientais e de segurança.
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