CPI CONVOCA MINISTRO DA JUSTIÇA, MARCELO ODEBRECHT E OTÁVIO AZEVEDO, DA ANDRADE GUTIERREZ
A CPI da Petrobrás, que andava um pouco morna, reaqueceu os motores nesta quinta-feira (9), com uma série de convocações e um novo pedido de acareação. Dentre os nomes já aprovados para convocação estão o do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, sendo que estes dois últimos estão presos desde o mês passado na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Além disso, a CPI aprovou uma acareação entre o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e Augusto Mendonça, da Setal. Também foram aprovadas as convocações de Júlio Camargo, que atuava como consultor da Toyo, do policial Jayme de Oliveira Filho (conhecido como Careca), e da advogada Beatriz Catta Preta, que liderou o processo de delação premiada de vários executivos envolvidos no esquema de corrupção.
A convocação da advogada está sendo vista como retaliação após ela ter conseguido no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para que um de seus clientes, o ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco, não tivesse de comparecer à comissão para acareações nesta semana.
Os parlamentares também tentam fazer pressão sobre a Polícia Federal, e decidiram ainda convocar três delegados da instituição para depoimentos no Congresso: Márcio Adriano Anselmo, Igor Romário de Paula e Daniele Rodrigues. O pedido de convocação dos delegados se deu sob a mesma alegação usada para o Ministro Cardozo, em referência à suspeita de grampo ilegal que teria sido feito pela PF na cela em que o doleiro Alberto Youssef ficou preso no início da Lava-Jato.
“O depoimento de delegados da Polícia Federal trouxe uma dúvida entre nós sobre a legalidade ou não dos grampos. Então, entre esses requerimentos, está a convocação do ministro José Eduardo Cardozo, para que, como chefe da PF, possa esclarecer essas dúvidas que passavam a pairar sobre nós”, afirmou o relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ).
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