CRESCE O INTERESSE DO BRASIL EM APROVEITAR O MERCADO GLOBAL DE CRÉDITOS DE CARBONO

joaquimCada vez mais, as discussões sobre como o Brasil vai se posicionar nos próximos anos em relação ao mercado global de carbono e desenvolvimento sustentável estão ganhando corpo. A realização do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, que terminou hoje (20) no Rio, preparou o país para a próxima conferência do clima, a COP27, que será realizada no Egito, entre 7 e 18 de novembro. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite (na foto, com microfone) abriu o debate falando sobre o decreto que cria o mercado regulado de carbono no Brasil. “Na conferência do clima, nasceu o mercado global de sustentabilidade. Agora, aqui, nasce o mercado nacional”, anunciou.

No painel Eólicas: Tendências e oportunidades, representantes do setor falaram sobre o enorme potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil, com uma apostacarbono na redução de custos, para o aproveitamento desse recurso. Também pediram investimento público e planejamento de longo prazo. Com condições naturais altamente favoráveis, estima-se que o potencial eólico offshore brasileiro esteja em torno de 700 GW – número quatro vezes superior à capacidade instalada do país.

O setor de agronegócios também foi tema de dois painéis durante o evento. Em um deles, a principal conclusão foi que tecnologia e conectividade são fundamentais para que o segmento possa encontrar um caminho para produzir mais e, ao mesmo tempo, preservar. Para que seja possível monetizar, o agricultor, o pequeno e o grande, precisam ter acesso a dados. As perspectivas pela adoção do hidrogênio verde, os desafios financeiros para sua aplicação no dia a dia e os custos competitivos de exportação também foram tema de um dos painéis, assim como os processos de descarbonização para o setor de óleo e gás.

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