CRESCE SIGNIFICATIVAMENTE O USO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES BIODEGRADÁVEIS NO MERCADO
A Moove, uma das maiores produtoras e distribuidoras de lubrificantes e óleos básicos da América do Sul e detentora do direito de produção e comercialização da marca Mobil no Brasil, percebeu o aumento da demanda de óleos lubrificantes biodegradáveis e resolveu apostar na oferta desses produtos. O aumento na procura se deu por conta da legislação de 2013, que criou a necessidade da utilização de lubrificantes biodegradáveis de alta performance em equipamentos como tubos telecópicos, hélices, lemes e propulsores submersos, entre outros. A premissa básica da norma visa prevenir a poluição do mar, já que os lubrificantes ambientalmente aceitáveis reduzem a exposição de risco ao meio ambiente em relação à tecnologia convencional, sendo uma alternativa menos custosa do que, por exemplo, a alteração em equipamentos.
Embora a demanda por óleos biodegradáveis esteja crescendo nas atividades marítimas em função da sua eficácia, maior produtividade e benefícios ambientais, ainda há certo desconhecimento sobre sua origem, definição, composição e até aplicação. Em princípio, qualquer produto é biodegradável. No entanto, determinadas estruturas químicas são mais suscetíveis à decomposição por micróbios do que outras. Falando especificamente de lubrificantes, óleos vegetais e ésteres sintéticos se degeneram na natureza muito mais rápido do que materiais derivados de petróleo nas mesmas condições.
As certificações internacionais estabelecem que, para serem classificados como lubrificantes ambientalmente aceitáveis, os óleos precisam Ter baixos níveis de toxidade e não conter substâncias que os organismos dos seres vivos sejam incapazes de eliminar, além de biodegradáveis. Os óleos e graxas classificados como biodegradáveis, decompõem-se no meio ambiente em até 28 dias, sendo mais seguros ambientalmente do que os lubrificantes minerais. Outro ponto favorável é a sua performance. Com alta estabilidade térmica e oxidativa, as novas tecnologias de óleos biodegradáveis sintéticos também oferecem elevada proteção à corrosão e ao desgaste, além de proporcionarem maior vida útil da carga de óleo em serviço.
No caso específico do Brasil, a baixa utilização de biodegradáveis pode ter ligação com seu alto custo, que pode chegar a ser dez vezes superior ao do óleo mineral. No entanto, dada sua maior eficiência e produtividade, atrelada à redução da exposição ao risco ambiental, especialistas dizem que sua relação custo-benefício é superior aos lubrificantes convencionais, o que compensa seu uso.
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