DIFERENTE DO BRASIL, NORUEGA FAZ NOVA GRANDE CONTRATAÇÃO E PRIORIZA SEUS ESTALEIROS
Um exemplo que poderia ser seguido pelo Brasil e pela Petrobrás. A Statoil concedeu à empresa Kværner o contrato envolvendo o campo de Johan Castberg. O acordo tem o valor de R$ 1,57 bilhão (3,8 bilhões de coroas norueguesas) e inclui a construção e instalação do topside para o FPSO que irá operar no campo, no Mar de Barents. A Kværner utilizará uma série de estaleiros ao longo da costa do país para o trabalho de construção. As unidades de Sandnessjøen, Verdal, Stord e Egersund serão usadas. Enquanto isso, no Brasil, vemos importantes obras indo para o exterior, fazendo com que a indústria naval sofra uma crise sem precedentes.
O trabalho de construção na Noruega está programado para durar até 2021, seguido por um período de montagem. Neste intervalo, a estrutura do topside será instalada no casco e conectada à torre. O primeiro óleo do campo está agendado para a primeira metade de 2022. O comentário de um dos executivos da Statoil mostra a sensatez e estratégia dos noruegueses em relação à cadeia local de fornecedores. “O desenvolvimento de Johan Castberg gerará spinoffs substanciais para a indústria de fornecimento norueguesa nos próximos anos. O campo também é essencial para o desenvolvimento futuro da indústria no norte da Noruega, e estamos satisfeitos por este contrato ajudar a aumentar as atividades no norte”, disse o diretor de compras da Statoil, Pål Eitrheim (foto).
No Brasil, como o Petronotícias vem acompanhando ao longo dos últimos, a Petrobrás está privilegiando os estaleiros internacionais, deixando de lado seu papel de grande incentivadora da indústria nacional, como a Statoil tem feito até então. Recentemente, a estatal brasileira revelou que os percentuais de conteúdo local da plataforma de Mero 2 poderão ser iguais ao do FPSO Mero 1. Vale lembrar também que no pedido de Waiver de Mero 1, a ANP concedeu a isenção de conteúdo local para a construção do casco do navio. Mas ainda há incerteza se estes serão os índices definitivos, porque a Petrobrás ainda aguarda a Agência Nacional do Petróleo lançar a regulamentação do waiver.
Por que o governo brasileiro não faz o mesmo? Por não prioriza a indústria naval e as demais, contratando os serviços aqui? Será que é tão difícil?
Que interesses levam o governo a contratar empresas no exterior, deixando os brasileiros desempregados? Essas questões precisam ser esclarecidas junto à opinião pública.
É Ivan… Enquanto os EUA e a Noruega priorizam a sua indústria e suas empresas em projetos de E&P desenvolvidos no país gerando empregos para os seus cidadãos, nós estamos indo na direção contrária e tem gente que defende isso achando que irá alavancar a economia do Brasil! Quem é contrário é tachado de “esquerdista” defensor de “petralhas”. Vai entender a mente desses imbecis!!
Simplesmente não há como comparar os casos do Brasil e o da Noruega. Povos diferentes, culturas diferentes, qualidade das embarcações astronomicamente diferentes… e destino completamente diferente para o dinheiro do petróleo: enquanto o dinheiro simplesmente “some” no Brasil, a Noruega investiu em um fundo que já passou de US$1 TRILHAO.
Conheço os dois países, trabalhei em embarcações de ambas.
De fato Fulano, muito bem lembrado que são culturas diferentes. Já convivi e conversei com colegas meus noruegueses, fora que já estive em outro país escandinavo a trabalho (Dinamarca). São valores diferentes e um entendimento do papel da sociedade, do cidadão e do Estado muito diferentes da falta de entendimento que existe aqui. O grande problema do Brasil é cultural e a falta de ética e de compromisso com o interesse público presentes nos três Poderes e das instituições é reflexo da falta de valores ainda presentes e muito fortes no povo. Quem faz uma nação se desenvolver de forma… Read more »