DILMA AFIRMA QUE CONGRESSO DEVE RESPONDER POR NOVAS DENÚNCIAS ENVOLVENDO A PETROBRÁS

Dilma RousseffA presidente Dilma Rousseff se esquivou de qualquer responsabilidade sobre o caso de interferência na CPI da Petrobrás e disse, nesta segunda (4), que cabe ao Congresso dar explicações sobre as novas denúncias envolvendo a estatal.

“Essa é uma questão que deve ser respondida pelo Congresso”, afirmou a presidente após evento em Guarulhos.

A questão surgiu após a revista Veja publicar reportagem afirmando que a presidente da Petrobrás, Graça Foster, e ex-dirigentes da estatal, ouvidos na CPI do Senado que investiga a empresa, tiveram acesso prévio a perguntas que seriam feitas por parlamentares governistas durante as sessões.

A revista informou que teve acesso ao vídeo, gravado em 21 de maio, mostrando uma reunião em que o chefe do escritório da Petrobrás em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, e um advogado da empresa, Bruno Ferreira, teriam tratado do assunto. Segundo a revista, servidores da estatal redigiram respostas às perguntas que seriam feitas e repassaram o material a Foster, ao ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli e ao ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró.

De acordo com a reportagem, Barrocas aparece no vídeo dizendo que as perguntas recebidas antecipadamente teriam sido formuladas pelo assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República Paulo Argenta; pelo assessor Marcos Rogério de Souza, da liderança do governo no Senado; e Carlos Hetzel, assessor da liderança do PT na Casa. A reportagem relata que a operação para preparar os depoimentos teria tido a participação do senador Delcídio Amaral, que é próximo a Cerveró e teria entrado em contato com o ex-diretor. A revista cita também o relator da CPI da Petrobrás no Senado, senador José Pimentel, que teria recorrido ao ex-presidente da Petrobrás José Eduardo Dutra e a Foster para fazer chegar às mãos de Gabrielli as perguntas e respostas do depoimento dado pelo ex-presidente da estatal em 20 de maio deste ano.

A única resposta até agora da estatal sobre as acusações é que “a Petrobrás está avaliando as informações publicadas para posicionar-se posteriormente”.

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