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DIRETOR DA AGÊNCIA INTERNACIONAL DIZ QUE ATÉ DOZE NOVOS PAÍSES ESTARÃO CONSTRUINDO USINAS NUCLEARES EM 10 ANOS

AQAQAA-300x168Um grupo de 10 a 12 países estará construindo usinas nucleares pela primeira vez  na próxima década. A previsão é do próprio Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, feita ao Diretor Geral da Agência de Energia Nuclear da OCDE, William Magwood, em um WebChat. Bangladesh, Bielorússia, Egito, Turquia e Emirados Árabes Unidos estão entre os estreantes nucleares, enquanto Quênia, Gana, Filipinas e Uzbequistão estão “considerando seriamente” se juntarem a eles, disse Grossi. A abordagem dos marcos da AIEA, sua orientação para países que estão considerando ou planejando sua primeira usina nuclear, é “uma coleção de anos e anos de experiência”, afirmou. O início das operações, em agosto, da primeira usina nuclear dos Emirados Árabes Unidos, ajudou a fornecer um ponto de referência e a AIEA está sendo abordada por mais e mais países, disse Grossi: “Acho que teremos um grupo sólido de cerca de novos países adicionados à lista dos que atualmente estão produzindo energia nuclear”.

 William Magwood se referiu à mudança que o antecessor de Grossi – o falecido Yukiya Amano – fez ao lema da AIEA. De ‘Átomos pela Paz’ para ‘Átomos pela Paz e Desenvolvimento,’  para alinhar a agência mais estreitamente com outros órgãos da ONU que trabalham nas 17 metas para desenvolvimento sustentável. Grossi afirmou que “o lado do desenvolvimento da agenda sempre esteve lá, mas o que estamos tentando fazer é ser mais frrfffeficientes e impactantes.” Ele observou que cerca de 100 dos 172 Estados membros da AIEA não têm energia nuclear em sua matriz energética: “Esses países estão vindo para a agência por outros motivos e eles valorizam isso enormemente. Pode ser difícil para os países que estão apenas na energia nuclear entender isso, mas eles estão aqui pela segurança alimentar, medicina nuclear e gestão da água. as coisas que os estão trazendo para a AIEA”.

O papel da AIEA na resposta global à pandemia COVID-19 prova como a energia nuclear é vital, disse ele. Esse suporte incluiu o fornecimento de equipamento de diagnóstico de reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa, que a agência diz ser a técnica mais sensível para detectar vírus atualmente disponível: “Quando você conhece tecnologias e aplicações nucleares, entende as muitas coisas que a ciência nuclear pode fazer. Começamos com a maior operação da história da AIEA. Temos assistido 125 estados, muito além do que qualquer um poderia conceber como mundo ‘em desenvolvimento. Muitos países, inclusive aqaaqaaaqui na Europa, têm recorrido à ajuda da AIEA. Fornecemos equipamentos RT-PCR, testes e assim por diante e agora estamos lançando um programa para lutar contra futuras pandemias. É realmente uma grande parte do que acreditamos que podemos fazer. E, pela primeira vez, a AIEA foi solicitada a se juntar à força-tarefa de gestão de crises da ONU criada pelo Secretário-Geral para lidar com esta pandemia”.

Grossi espera ter uma presença de destaque para o setor nuclear na COP 26, em Glasgow: “Comecei a trabalhar com a presidência britânica e a copresidência italiana, e esperamos ter a oportunidade de apresentar o ângulo da energia nuclear como parte de uma solução que seja feita em harmonia com as energias renováveis, uma que possa integrar-se em cada modelo realista que possamos olhar. Minha ideia é estar lá talvez junto com o setor privado, com operadores, com reguladores, com uma variedade de atores na atividade nuclear, para apresentar uma imagem tão abrangente do setor quanto possível”.

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