DIRETOR GERAL DA MAIOR USINA NUCLEAR DA UCRÂNIA FOI LIBERTADO HOJE DEPOIS DE FICAR PRESO DESDE SEXTA-FEIRA
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, saudou a libertação pelas forças russas de Ihor Murashov (foto), diretor-geral da usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia. Ele havia alertado anteriormente que sua detenção era “prejudicial à segurança e proteção nuclear” e que esperava o retorno do profissional para sua família “com segurança e rapidez e poder retomar suas importantes funções na usina”. A usina nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa, com seis reatores. Está sob o controle das forças militares russas desde o início de março, mas continua a ser operado pela equipe ucraniana da Energoatom. Ela está localizada perto da linha de frente da guerra. Murashov foi detido na sexta-feira (30/9), de acordo com o presidente da Energoatom, Petro Kotin, e levado para um local desconhecido. Kotin disse que o diretor-geral da usina “tem a principal responsabilidade pela segurança da radiação nuclear e sua detenção cria um perigo” e exigiu sua libertação imediata e retorno às suas funções mantendo a operação segura da usina nuclear de Zaporizhzhia.
Em sua declaração no fim de semana, Grossi, disse que a organização foi informada de que Murashov estava em “detenção temporária” e disse que a AIEA esperava por uma resolução imediata e satisfatória: “Tal detenção de qualquer membro da equipe da usina seria uma fonte de grande preocupação por si só, mas também por seu impacto psicológico e pressão sobre o restante da equipe, o que é prejudicial à segurança e proteção nuclear. Sua ausência do serviço dessa maneira também tem um impacto imediato e sério na tomada de decisões para garantir a segurança da planta”. Em um tweet nesta segunda-feira (3), Grossi disse que Murashov foi libertado. “Recebi a confirmação de que o Sr. Murashov voltou para sua família em segurança”, disse ele.
Grossi disse que continua os esforços para estabelecer uma zona de segurança e proteção ao redor da usina nuclear, com a AIEA dizendo que espera viajar para a Ucrânia e a Rússia ao longo desta semana. A Ucrânia diz que está pronta para novas negociações e para facilitar a rotação da equipe da AIEA em Zaporizhzhia, e pede a retirada das tropas e equipamentos militares russos da usina nuclear. A agência de notícias russa Tass informou que o chefe da administração civil-militar de Energodar, Alexander Volga, disse: “Estamos ansiosos por uma oportunidade de ver Grossi voltar à usina para abastecê-lo com uma atualização e dizer toda a verdade sobre o que está acontecendo”.
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