DISCURSO DE TOM POLÍTICO DE DIRETOR DA PETROBRÁS CAUSA FORTE REAÇÃO ENTRE TRABALHADORES DA EMPRESA | Petronotícias




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DISCURSO DE TOM POLÍTICO DE DIRETOR DA PETROBRÁS CAUSA FORTE REAÇÃO ENTRE TRABALHADORES DA EMPRESA

chavesO clima fechou nos bastidores da Petrobrás e o que era para ser uma festa, pelo início dos testes operacionais do Polo Gaslub, acabou virando motivo de desavença. Não pegou nada bem entre os petroleiros da empresa o discurso de ontem (31) do diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobrás, Rafael Chaves (foto). O executivo, que participou da cerimônia no Gaslub, subiu ao palco prometendo que não faria um discurso político. Ficou só na promessa mesmo. Chaves, usando o macacão de petroleiros, deixou suas falas técnicas no bolso do terno que costuma usar em aparições públicas. Preferiu partir para o ataque contra governos anteriores. O tom do discurso surpreendeu. Isso no momento em que a empresa ainda precisa explicar as contradições reveladas pelo Petronotícias na licitação das obras da unidade de hidrotratamento (HDT) da Refinaria de Paulínia (Replan). O diretor da Petrobrás falou repetidamente dos casos de corrupção do passado. Mas agora, com um evidente problema em uma importante concorrência, a petroleira repetiu a mesma afirmação usada na época dos grandes desvios: “a Petrobrás não comenta licitações em andamento”. No passado, essa resposta servia para abafar as denúncias.

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Falta de uso de máscaras por parte da diretoria também foi criticada pelos petroleiros

O discurso fora do tom técnico esperado por um membro do alto escalão da Petrobrás causou bastante indignação entre os operários da empresa. Um dos trechos mais polêmicos da fala do diretor foi quando mencionou que a atual gestão é formada somente por técnicos e concursados.  Não é o que pensa o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. Ele afirma que Chaves entrou na diretoria da Petrobrás “pela janela”, sem nunca ter feito concurso para trabalhar na estatal. “Ele, que se diz de uma diretoria técnica, ingressou na empresa sem concurso público em 2019 para ganhar 150 mil reais por mês e ajudar a destruir essa empresa”, acusou o sindicalista. Para lembrar, o executivo tomou posse da diretoria de Relações Institucionais em dezembro do ano passado, mas já trabalhava na empresa há cerca de três anos.

A celeuma não seria completa se o tema dos preços dos combustíveis não viesse à tona. Chaves reclamou durante o evento que a empresa está sendo cobrada pelos preços dos derivados. Reconhecendo que os valores estão caros, o executivo justificou dizendo que o Brasil ainda precisa importar gás, diesel e gasolina. “Porque o Brasil não conseguiu atingir essa autossuficiência [no refino de petróleo]? [Foi] essa corrupção do passado, que afugentou todos os investidores privados do país”, declarou Chaves.

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Deyvid Bacelar

Bacelar, por sua vez, rebate dizendo que a causa dos preços altos de combustíveis no país está na política de preços desempenhada pela Petrobrás desde 2016. “Que bom que ele [Chaves] reconhece que o combustível está caro. E está caro porque o ex-presidente Michel Temer implementou o Preço de Paridade de Importação (PPI), que atrelou nossos combustíveis ao preço do petróleo internacional, ao dólar e aos custos de importação de derivados”, lembrou.

O diretor de Relacionamento Institucional da petroleira também afirmou durante o evento que, somente em 2021, houve um primeiro investimento relevante no refino brasileiro, fazendo referência à compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, pelo Fundo Mubadala. “O que ele chama de investimento, na verdade, é entrega. Como pode vender uma refinaria a preço de banana como foi feito com a RLAM, Terminal Madre de Deus e os terminais terrestres da Bahia? A refinaria valia quase US$ 4 bilhões e foi entregue por US$ 1,8 bilhões para um fundo de investimento dos Emirados Árabes”, contestou Bacelar.

Outro ponto de desavença é a questão do endividamento da Petrobrás. Na fala de ontem, Rafael Chaves disse que a atual diretoria está “carregando nas costas o pagamento de mais de 200 bilhões de reais de dívida desde janeiro de 2019” e que não “tem sido fácil reverter a situação que a empresa se colocou”, fazendo referência aos casos de corrupção vividos no passado recente.

O coordenador geral da FUP discorda da fala do diretor. “Essas informações não condizem com a realidade. Nós sabemos muito bem que por conta do pré-sal, altíssimos investimentos foram feitos para termos o desenvolvimento, a exploração e a produção do pré-sal brasileiro, ao ponto de termos quase 70% de toda a produção oriunda do pré-sal, o que tem gerado esses resultados vultosos para a Petrobrás”, concluiu. Bacelar também criticou o fato de toda a diretoria da Petrobrás participar do evento sem máscaras, apesar da recente alta de casos de covid-19 entre os trabalhadores da companhia.

Veja abaixo o discurso completo do diretor Rafael Chaves:

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Luciano seixas ChagasJOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRAPauloStefano SacchiAntonio Tarciso Alves de Moraes Recent comment authors
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Lucas
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Lucas

Não falou nada mais que a verdade, os Petralhas tomaram de assalto a PETROBRAS e estamos pagando até hoje pela roubalheira e incompetência na época desse governo maldito que trouxe desgraça e pobreza à época da operação Lava Jato. Quanto a RELAN foi privatizada, ainda bem, falam que foi entregue, mas a refinaria virada numa sucata como as demais que estão no plano de privatização que será muito bom a nação, temos que mostrar que esse país cale-se a pena investir.Que a nova gestão da Petrobras conclua com êxito todo esse grande empreendimento antigo COMPERJ…prosperidade e progresso aos novos tempos.

Em busca da terceira via
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Em busca da terceira via

Em que pese todos os erros por parte do PT, um diretor de uma empresa estatal não deveria ali, naquele contexto, adotar um tom político. Se é para falar dos casos da corrupção, a Petrobrás precisa fazer de maneira formal, com dados e detalhes técnicos. Na verdade, a fala do diretor só serviu para Bolsonaro alimentar suas redes sociais e movimentar entre seus apoiadores o sentimento antipetista.

Antonio Tarciso Alves de Moraes
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Antonio Tarciso Alves de Moraes

Vão tomar pau em outubro lote de vagabundos bolsonaristas. Essa desgraça ao vestir a farda do petroleiro a suja de todo tipo de peste que há. Safado, ano que vem, graças a Deus não vais estar mais aí seu descarado.

Luciano seixas Chagas
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Luciano seixas Chagas

Ele paga os R$ 200 bilhões com a produção superlativa do pré-sal ele apenas usufrui das receitas do produto sem ser responsável por uma gota sequer da produção de um mísero litro. O Rafael chaves tem um discurso falacioso, oportunista, mentiroso e irresponsável igual ao do minúsculo ministro da economia, senhor Paulo Guedes, o arauto de promessas todas irrealizáveis, como comprovado pelos fatos. Assim ele não entende de economia e muito menos de petróleo, igual ao orador de discurso falacioso, Rafael chaves escolhido como diretor e se jactando de realizações. Quais? Do desemprego? Da gasolina encarecida pelo PPI e custando… Read more »

Stefano Sacchi
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Stefano Sacchi

Essa de acusar a gestao petista em omnia saecula saeculorum virou desculpa barata.
Enquanto esta reduzindo a divida, a Petrobras esta distribuindo lautos dividendos, um desses acionistas e` a Uniao.
Se uma das responsabilidades da gestao petista foi o setor do refino, por que a Petrobras vende as refinerias?
Esse diretor aqui fez discurso para agradar o JB confiando que amanha ninguem vai lembrar desse evento.

Paulo
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Paulo

“acusou o sindicalista” – Precisa falar mais alguma coisa?

Luciano seixas Chagas
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Luciano seixas Chagas

Precisa. O que o senhor está sugerindo. Seja claro!

JOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRA
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JOÃO BATISTA DE ASSIS PEREIRA

INAUGURAÇÃO DO GASLUB – DISCURSO DE TOM POLÍTICO DE DIRETOR DA PETROBRÁS CAUSA FORTE REAÇÃO ENTRE TRABALHADORES DA EMPRESA

Em pleno evento comemorativo de início de testes operacionais do Polo Gaslub (antigo Comperj), o Sr Rafael Chaves, na qualidade de Diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobrás, resolveu manifestar politicamente no evento, com vestimentas de empregado petroleiro plataformista (macacão laranja) para impressionar as personalidades ilustres ali presente, entre outros o Presidente Bolsonaro e seu chefe na estatal, o General Silva e Luna.