DOW PLANEJA ABRIR TERMINAL PRIVADO NO PORTO DE ARATU
A Dow Brasil, empresa atuante no setor de químicos, planeja abrir um terminal portuário privado em Aratu, empreendimento que deve acelerar o projeto de expansão do porto, localizado no município de Candeias, na Bahia. O novo terminal será utilizado por outras indústrias instaladas no estado, e, segundo a companhia, poderá triplicar o embarque de produtos químicos na região.
A consolidação do projeto poderá levar a empresa, que hoje movimenta por ano 500 mil toneladas, a movimentar em seu terminal 1,5 milhão de toneladas anuais de cargas. “Temos uma posição privilegiada e o governo estadual, por sua vez, tem uma estratégia de desenvolvimento para aquela área, desde o Porto de Aratu até o Canal de Cotegipe, e o que estamos tentando é compor, junto com o estado, a melhor forma da gente participar desse desenvolvimento”, explica o diretor de operações da Dow em Aratu, Rodrigo Silveira (foto).
A proposta da Dow está sendo analisada pelas secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura, além da Casa Civil, e gera grande expectativa por parte das indústrias exportadoras, já que a nova política de concessões do governo federal para o porto acabou por frustrar as empresas do segmento. De acordo com o programa do governo, serão investidos R$ 326,4 milhões para o terminal de graneis sólidos do porto, medida considerada insuficiente pela Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport). O grupo calcula que serão necessários ao menos R$ 2 bilhões apenas para intervenções mais emergenciais.
A ideia da companhia, segundo Silveira, é ampliar o terminal por meio da criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), para a construção de novos tanques de armazenamento e ilhas de carregamento de caminhões. A infraestrutura do projeto seria ampliada com investimentos da SPE, e depois os serviços portuários seriam explorados junto às empresas que tenham interesse.
De acordo com o presidente das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, “projetos como o da Dow para a área portuária são importantes para aumentar a eficiência logística, reduzindo, consequentemente, custos e ampliando a competitividade das empresas baianas”.
A companhia estima que, caso os governos federal e estadual aprovem o modelo ainda este ano, o empreendimento ainda levaria, no mínimo, cerca de dois anos para entrar em operação, devido aos prazos previstos para a obtenção de licenças e documentações junto à Marinha. “Daí a nossa urgência em dar o pontapé inicial para o projeto ainda agora em 2015, quando também já poderíamos compor a SPE”, enfatiza Silveira.
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