EBE CONSEGUE ATINGIR 92% DE CONTEÚDO NACIONAL NA FABRICAÇÃO DE MÓDULOS PARA FPSOs
A EBE bateu um recorde e atingiu a marca de 92 % no índice de conteúdo nacional na montagem dos dez módulos que está construindo para as plataformas P-58 e P-62, e já se prepara para concorrer aos módulos replicantes que serão licitados pela Petrobrás. O índice de conteúdo local requerido pela estatal para o empreendimento era de 75,5%. Um feito para uma das mais tradicionais empresas de engenharia do Brasil, responsável por grandes obras no Brasil. O diretor da empresa, Paulo Massa, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou como conseguiram esses números.
Como está a produção dos módulos para a P-58 e a P-62?
Está tudo certo, a Petrobrás está satisfeita com a obra. Já instalamos as bases de estrutura metálica de praticamente todos os módulos e começamos a instalação dos equipamentos fornecidos pela própria Petrobrás, que entregou tudo dentro do prazo. Há um esforço muito grande das partes para entregar no prazo, que é o meio do ano que vem, quando temos que levá-los para a integração, que será feita no Rio Grande do Sul e no Nordeste.
Vocês conseguiram bons índices de conteúdo local?
Atingimos um índice de 92% e vai permanecer nesse nível, porque já compramos quase tudo.
Como fizeram para chegar a esse índice?
Tivemos muita dificuldade para atingir essa porcentagem, porque ainda há algumas áreas de materiais específicos que o país precisa se desenvolver muito. Por mais que você tente desenvolver, às vezes não consegue, tanto em termos de preço, quanto de prazo, e se vê obrigado a comprar fora do país. Mas nós trabalhamos muito os fornecedores locais para conseguir chegar a essa meta, porque a filosofia da EBE é dar preferência aos fornecedores nacionais, como sempre fizemos.
Quais foram os itens mais difíceis de encontrar no Brasil?
Alguns tipos de válvula e alguns equipamentos de especificações dos projetistas que acabam obrigando as empresas a contratar fora do país, porque ainda não são fabricados aqui. Mas não há alternativa nesses casos.
Como você vê a situação do conteúdo local no Brasil hoje?
Ainda existem problemas, mas nós estamos trabalhando os fornecedores para chegar aos preços do exterior e alcançar bons prazos também. Há muitas vantagens em se obterem os fornecimentos aqui, porque elimina muito tempo de navegação, não há necessidade de desembaraço alfandegário, e outros problemas envolvidos na importação do que quer que seja. Então o equipamento comprado aqui chega em menor tempo, não há muita burocracia, nem barreiras envolvidas. Você compra e já coloca na obra. Mesmo que lá fora a produção ainda seja um pouco mais rápida, há esses outros fatores envolvidos no processo.
Foi fácil encontrar fornecedores competitivos?
Alguns sim, outros não, mas o nosso trabalho foi muito empenhado nessa busca.
Como é possível melhorar esse quadro?
Com muito desenvolvimento dos fornecedores brasileiros. Para isso é preciso que seja feita a estimulação de empresas estrangeiras a fabricarem no país, em conjunto com o apoio às companhias brasileiras que se interessarem em fazer esses fornecimentos aqui.
Há planos para um estaleiro no futuro? Conversão de cascos também está nos planos?
A gente continua tendo plano de montar um estaleiro para fazer a integração de FPSOs, mas isso ainda estamos estudando para o futuro.
Além da Petrobrás, outras operadoras também estão no campo de visão?
Tem outras empresas que estamos negociando, principalmente de fora.
Há algum negócio novo na área de óleo e gás?
O grupo assinou agora um contrato de tubovias para o Comperj, estamos de olho nos próximos módulos que a Petrobrás vai licitar e estamos querendo ganhar mais obras nesse campo. Pelo bom trabalho que estamos fazendo, entendemos que vamos nos transformar numa fábrica de módulos mesmo.

publicada em 27 de dezembro de 2011 às 11:40 





Prezado, Paulo Massa. A Air Products esta em negociacao para o fornecimento de gases para sua unidade em Itaguai, para a obra da Modec. nos colocamos a disposicao da EBE no intuito de nos qualificarmos como seu fornecedor de gases industriais. Air Products and Chemicals, Inc. é uma multinacional do setor químico voltada à produção de Gases (Oxigênio, Nitrogênio, Argônio, Hélio e suas misturas) e especialidades Químicas, com sede nos Estados Unidos e operações distribuídas em mais de quarenta países do globo. Com faturamento em torno de US $ 9 bilhões, a empresa atende os segmentos industriais (tais como mineração,… Leia mais »