MAXEN ESTUDA ABRIR UNIDADE NO RIO DE JANEIRO EM 2012

A Maxen vai fechar 2011 com muitos contratos, tendo inaugurado sua nova fábrica no município de Escada, em Pernambuco, e já está com grandes planos para 2012. No próximo ano, além de entregar os pedidos que estão em andamento, a empresa estuda abrir uma nova unidade no Rio de Janeiro de olho nos negócios que vão surgir tanto em offshore, quanto em terra. O presidente da empresa, Luiz Fernando Pugliesi, conversou com o repórter Daniel Fraiha e contou os projetos da Maxen.

Como foi o ano de 2011 para a Maxen?

Foi um ano bem difícil, em que fizemos a reestruturação interna de algumas áreas, além do nosso reposicionamento no mercado e do direcionamento estratégico da nossa atividade. Está sendo o ano que a Maxen vai fechar com a maior carteira de pedidos, nunca tivemos uma carteira tão grande, mas em termos de realização destes contratos foi um ano muito difícil. As obras não avançaram como desejávamos. Em geral foi um ano difícil para o setor de óleo e gás por algumas indefinições de projetos nas áreas em que atuamos. Totalmente em função de terceiros, como alguns epecistas que tiverem atrasos em seus cronogramas, impactando a nossa realização contratual. Mas foi um período em que conseguimos posicionar muito bem a empresa no mercado.

Quais foram os principais negócios fechados?

Ganhamos contratos para fornecimento de material e serviço na refinaria de Paulínia (Replan), na de Cubatão (RPBC), na Abreu e Lima (Rnest). Também assinamos a fabricação de linhas de fluxo para sistemas submarinos para a Cameron, tendo como cliente final a Petrobrás. Foi importante ganhamros esse contrato, porque a Cameron produzia ela própria esses sistemas e dessa vez tomou confiança de colocar isso na Maxen. Além disso, fizemos um fornecimento importante de serviços e equipamentos para o mercado offshore, para a fabricação de módulos para FPSOs.

Vocês pretendem entrar no mercado de fabricação de módulos?

Pretendemos fabricar muito componentes, tubulação e todo o sistema de tubulação de um módulo, mas não visamos entrar no mercado de fabricação do módulo mesmo.

Como foi o primeiro ano da unidade que inauguraram em Pernambuco?

Inauguramos a nossa planta em Escada (PE), com investimentos de cerca de R$ 25 milhões, e devemos começar a produzir spools através de curvamento por indução elétrica em janeiro. A capacidade total da planta é para produzir 800 toneladas por mês, e estamos produzindo perto de 500 toneladas lá. Começamos a produção em fevereiro. Temos outra fábrica em Atibaia, onde é a matriz, com capacidade perto de 800 toneladas/mês também.

A unidade seria para atender à Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco?

Inicialmente é para atender à Rnest, mas tem uma posição logística para fornecer ao Nordeste como um todo. E a nossa orientação é industrializar a construção, ou seja, tudo que pudermos tirar do campo e fazer em fábrica, para levar pré-pronto, faz parte do nosso objetivo.

Como está o mercado de tubos brasileiro?

Muito competitivo, com muita presença de material importado, principalmente asiático. Essa presença é muito grande e com fabricantes de qualidade. Trabalhamos com os asiáticos inclusive, além de brasileiros, americanos e europeus.

Esse ano o governo sancionou uma lei contra a entrada de alguns tipos de tubos chineses no país. Foi bom para a Maxen?

Mesmo com o governo aprovando uma lei anti-dumping, o mercado continua com muita presença de material asiático. Deveria ter sido boa a lei, mas os fabricantes nacionais acabam se sentindo mais confortáveis e aumentando os preços.

Há planos de expansão? Quais?

Temos plano de expandir para o Rio de Janeiro, mas só se o mercado sinalizar que vai investir pesado e as obras andarem de forma a mostrar que vale a pena essa entrada. Então 2012 será o ano que vai definir se já é interessante para nós a entrada na cidade ou se ainda está cedo. Estamos olhando para o mercado offshore e downstream, que envolve o Comperj, o Terminal de Cabiúnas, a própria Reduc etc. Estamos olhando para os módulos dos FPSOs, para os sistemas submarinos, e para as sondas de alta perfuração. Não se sabe ainda se elas serão feitas lá, mas a gente estando no Rio de Janeiro facilita a nossa presença neste mercado. E como não vamos só por isso, independe de onde serão fabricadas, mas consideramos um atrativo importante também.

Onde devem montar a unidade?

Devemos montar uma fábrica na região de Itaboraí ou Itaguaí. Devemos investir entre 30 e 40 milhões de reais, para que seja muito parecida com a nossa matriz, em Atibaia. A idéia é que tenha capacidade de fazer spools, equipamentos e curvamento por indução. A expectativa é decidir no primeiro semestre. Se decidirmos investir rápido, já no segundo semestre começaremos a construção. Depende da velocidade do mercado em gerar negócios, para que não cheguemos atrasados, nem adiantados.

Como veem a questão do conteúdo local?

Acho que contribui bastante para o desenvolvimento da indústria nacional, com a profissionalização e capacitação das empresas. Vemos com bons olhos, porque nos impacta diretamente de forma positiva e abre possibilidades para a nossa indústria.

Quais as expectativas para 2012?

Estamos com uma grande fabricação especial de tubos de aço em duplex e superduplex, que devemos fechar até o final do ano, no máximo no início de janeiro, para offshore. Será um contrato de grande relevância para gente, pelo tipo de material, que é nobre. A Maxen é uma das únicas empresas qualificadas para isso e vamos fazer em Atibaia. É uma entrega de cerca de 400 toneladas.

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Marcos ferreira
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Marcos ferreira

Temos que tirar o chapéu para uma empresa 100% Brasileira por este excelente (re)começo. Parabéns a todos da Maxen pelas conquistas e desejo sucesso em 2012.