EBSE INICIA ENTREGA DE EQUIPAMENTOS PARA O CAMPO DE AZULÃO, NO AMAZONAS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

O momento é desafiador para o país em função da pandemia do coronavírus. Mas apesar do cenário adverso, algumas companhias de setores estratégicos adotaram medidas de prevenção e, felizmente, estão conseguindo avançar em seus projetos. É o caso da EBSE, que começou recentemente a entrega de equipamentos que serão usados no campo de gás natural de Azulão, no Amazonas. O presidente da EBSE, Marcelo Bonilha (foto), diz que todos os tanques e skids de processo devem ser entregues até o fim de maio. “Para nós, este é um contrato muito importante porque a Eneva é um grande, importante e tradicional cliente”, declarou o executivo. Você pode conferir uma galeria de imagens dos equipamentos ao final desta entrevista.

Paralelamente, a EBSE se movimenta em outros contratos. A companhia está na fase de engenharia e suprimento para fabricação de equipamentos para os FPSOs Búzios V e Mero 2. “Vamos começar a receber, no final do próximo mês, as chapas para poder começar a fabricação desses equipamentos”, detalhou Bonilha. Como já noticiado aqui no Petronotícias, a EBSE adotou uma série de ações para preservar a saúde de seus colaboradores e comemora o fato de nenhum deles ter sido contaminado pelo coronavírus. Você também pode conhecer ao lado na Seção “Vídeo em Destaque” as medidas de prevenção adotadas pela EBSE.

Quais são as últimas novidades da EBSE em termos de negócios e contratos?

Nós começamos a fazer a entrega dos equipamentos que foram contratados pela Eneva, que é um importante cliente nosso, para o projeto de Azulão, no Amazonas. Esses equipamentos são tanques de água de incêndio, tanques de armazenamento de condensado e skids de processo. Vamos fazer um carregamento por semana até o final de maio. Começamos na semana retrasada e até o final do próximo mês vamos entregar todos esses equipamentos.

Qual a importância desse contrato para a EBSE?

Para nós, este é um contrato muito importante porque a Eneva é um grande, importante e tradicional cliente. Neste momento de Covid-19, parte das indústrias parou. Mas continuamos trabalhando e executando nossos contratos. Isso nos dá bastante satisfação pela confiança depositada em nosso trabalho.

Além deste projeto com a Eneva, poderia citar outros projetos em andamento?

Estamos neste momento na fase de engenharia e suprimento dos projetos da Schlumberger/Cameron para fabricação de equipamentos para o FPSO Búzios V e para fabricação de equipamentos para Mero 2. Vamos começar a receber, no final do próximo mês, as chapas para poder começar a fabricação desses equipamentos.

Como a empresa está se preparando para enfrentar o período de crise econômica por conta da Covid-19?

Seguimos com os nossos contratos de tubos. Vemos uma atividade maior da Vale, que anteriormente não comprava tubos com certificação API. Mas agora, eles passaram a adotar esses produtos em algumas de suas obras. E isso é bom para a EBSE. Fizemos uma venda bastante interessante para um importante parceiro, a AçoTubo, que está vendendo para a Vale.

Além disso, fizemos uma movimentação interessante com a Schulz, que tem uma fábrica em Campos (RJ) para produção de aços ligas especiais. Estamos com pedidos para fabricação de tubos de Inox. Para isso, fizemos uma parceria com a Schulz para fabricar esses produtos lá em Campos. Então, apesar da crise, estamos fazendo esses investimentos e projetos.

No nosso caso, somos uma empresa que não tem um produto seriado. Nossas vendas são por encomenda. Temos presença consolidada em óleo e gás, mas também estamos participando de empreendimentos de papel e celulose com a Bracell e Klabin. Estamos também mais fortes na mineração em função da Vale estar trabalhando com tubos com certificação API.

Neste momento, não fizemos demissões em função da Covid-19 e nem iremos fazê-las no ano de 2020. Isso porque temos nossos projetos e obras dentro da empresa até o final deste ano.

E sobre o mercado de petróleo? Como avalia o atual momento do setor?

Eu acredito que a oferta e demanda pelo barril de petróleo vão acabar se ajustando, mesmo durante essa crise, já que irão reduzir a produção para manter os preços. Temos visto também a Petrobrás anunciar que está se preparando para conviver no ambiente de barril a US$ 25. Isso é um bom sinal para o mercado. Entendemos que a Petrobrás quer manter os projetos, principalmente os de offshore. É uma sinalização positiva.

Que medidas a empresa adotou para proteger seus funcionários da contaminação pela Covid-19?

Nessa crise da Covid-19, implantamos protocolos bastante rígidos para poder evitar a contaminação na fábrica. Graças a Deus, estamos tendo sucesso absoluto. Não estamos tendo problemas nesse sentido na empresa.

Estamos medindo a temperatura de todos os funcionários quando entram na fábrica. Existe o monitoramento diário e permanente do nosso departamento médico com o departamento de engenharia de segurança. Aqueles que são identificados como casos suspeitos são isolados em casa e passam a ser acompanhados diariamente para avaliar se possuem uma gripe comum ou a Covid-19.

Além disso, estamos com nosso time administrativo em home office. Nós fizemos quatro escalas diferentes de trabalho para não ter aglomeração de pessoas em vestiários, refeitório e na própria fábrica. As mesas do refeitório estão afastadas uma das outras. E ainda distribuímos máscaras, que passaram a ser obrigatórias para todos os funcionários.

Contratamos uma médica infectologista que está fazendo palestras para todos os funcionários para tirar dúvidas e explicar mais sobre a doença. Essas e outras ações da empresa foram apresentadas em um vídeo [você pode assisti-lo ao lado, na seção Vídeo em Destaque] para mostrar todos os cuidados que a EBSE está tomando. Em função disso tudo, estamos com nossos projetos em dia e entregando nossas obras.

GALERIA DE FOTOS (clique nas imagens para ampliá-las)