EBSE INICIA PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

 Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Marcelo Bonilha, diretor superintendente da EBSE. Foto: Debora 70A EBSE começou a estruturar sua atuação para além das fronteiras brasileiras, com o intuito de buscar negócios em países da América Latina. A empresa, que completou 100 anos em 2013, já está participando de negociações em projetos na Venezuela, no Peru e na Colômbia, e deverá seguir o plano de exportar produtos e serviços para países vizinhos. O diretor superintendente da EBSE, Marcelo Bonilha, afirma que a intenção, no entanto, não é construir fábricas locais e sim ter uma atuação comercial mais extensa. “Temos condição de exportar com competitividade”, disse. A empresa estará com estande na Rio Oil&Gas 2014, onde vai apresentar novos produtos voltados às condições do pré-sal, como tubos especiais de aço cladeado. Além disso, também trará para seu estande representantes da holandesa FRAMES, sua parceira de longa data, assim como as joint ventures formadas com outros grupos, EBCI e ES3. Bonilha, assim como quase todos os empresários do setor, ressalta que o momento da indústria de óleo e gás é bastante complicado, com menos projetos novos em vista, e acredita que a Rio Oil & Gas vai traduzir bem essa situação do mercado. A feira começa na segunda-feira (15) e vai até quinta (18), no Riocentro (RJ).

Como será a participação da EBSE na Rio Oil & Gas?

Nossa participação mostrará a consolidação dos nossos projetos juntos com um parceiro muito importante, que é a holandesa FRAMES. Hoje temos uma atuação bastante grande nos FPSOs replicantes, fabricando os skids de produção e tratamento de água, para o consórcio Tomé/Ferrostal, e fornecendo os equipamentos para os módulos de desidratação de gás (GDU), para o consórcio MGT. Também estaremos com o pessoal da FRAMES lá. Serão seis engenheiros vindo da Holanda.

Vão apresentar alguma novidade?

Mostraremos novos produtos que estamos desenvolvendo, que são tubos cladeados, tanto para o processo de overlay (deposição de solda no tubo), quanto o processo de conformação do próprio aço carbono com o inox. Apresentaremos os protótipos no nosso estande. Estamos fazendo testes nesses tubos no momento, para depois qualificá-los.

Qual o foco desses novos produtos?

Principalmente os projetos do pré-sal, que tem um óleo muito corrosivo, então estamos focando nesse produto. Estaremos também com uma de nossas subsidiárias, a EBCI, que, apesar de ser uma empresa nova, já se apresenta como um grande player no mercado nacional fornecendo tubos especiais, e a ES3, na área de fabricação de spools, com contratos importantes, principalmente com o estaleiro Brasa e a SBM.

E o que vocês esperam da feira?

É muito importante para mostrar a nossa atuação no mercado, apresentar esses novos produtos e fazer networking.

Como você está vendo o momento do mercado?

Complicadíssimo. Muito complicado. Estamos vendo diversas empresas pedindo recuperação judicial, em situação financeira muito delicada, os projetos estão mais escassos, e o pouco que existe está indo para fora do nosso país. Eu acho que a feira vai traduzir isso, inclusive com menos expositores.

O IBP disse que teve uma procura menor nos últimos meses, mas que todos os espaços já tinham sido vendidos previamente. Até porque a maior parte foi vendida durante a edição de 2012…

Eu conheço empresas que pensaram em não montar estande esse ano, mesmo já tendo comprado os espaços. Então, vamos ver o que vai acontecer, mas é unânime no mercado que a situação está complicada.

Você acha que essa percepção in loco pode gerar alguma mudança, ou vai ser só com o tempo mesmo?

Acho que só com o tempo mesmo. O momento político é complicado. Depois da eleição é que vai clarear.

O que a EBSE tem feito para se posicionar bem nesse momento?

Estamos desenvolvendo novos produtos, para poder ter mais possibilidade de vendas, e estamos com uma política de redução de custos, adequando a empresa para o cenário do ano que vem, quando haverá menos projetos.

Vocês já cogitaram tentar fornecer para outros países?

Já estamos participando de alguns projetos, mas não podemos citar ainda.

Em que países?

Para a América Latina. Venezuela, Peru, Colômbia… já estamos ofertando.

A EBSE tem o propósito de se internacionalizar?

Tem. Estamos buscando isso. O plano é muito mais de atuação comercial, buscando os projetos que estão acontecendo nesses países. Não queremos ir para esses lugares e montar fábricas locais. Queremos exportar. Temos condição de exportar com competitividade.

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