EBSE USA TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO PARA CRIAR ÁRVORE QUE SERÁ SÍMBOLO DO RIO NESTE NATAL

A pandemia virou o mundo de pernas para o ar. Tudo mudou. Nem a tradicionalíssima árvore de natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma pérola no natal dos cariocas, passou em branco. O que tinha se transformado numa atração turística da cidade, também foi cancelada. E o que tem o setor de petróleo e gás tem a ver com isso? Tem e muito. A Secular Irmandade do Outeiro da Glória convidou a EBSE, uma das maiores caldeirarias pesadas do Brasil, a patrocinar a construção de uma árvore de natal que simbolizasse a retomada do espírito da cidade do Rio de Janeiro. Que ficasse a mostra no alto outeiro, representando um reinício.

Para isso, o projeto teria que vencer um grande obstáculo. A Igreja do Outeiro da Glória foi inaugurada em 1739 e é um patrimônio histórico tombado e nada poderia interferir na construção da igreja e nem em seu pátio. O Presidente da EBSE, Marcelo Bonilha,  delegou então essa tarefa ao engenheiro e gerente Alexandre Braga (foto à direita). Ele precisava imaginar uma árvore de natal que fosse imponente, representasse alegria para a cidade e não tivesse qualquer interferência no patrimônio do Outeiro da Glória: “Não foi uma tarefa fácil, mas era possível. A engenharia é fascinante por isso. Era também o espírito da nossa empresa. Encontrar soluções dentro da engenharia. E foi isso que fizemos,” disse Alexandre Braga.

O projeto usou os mesmos conceitos que a  EBSE usa há mais de 110 anos na indústria do petróleo. A árvore foi projetada em estrutura tubular, sendo esses tubos doados  pela empresa Açotubo, de São Paulo, uma dos maiores distribuidores de aço do Brasil, tradicional parceira da EBSE.  A ideia de se trabalhar com estrutura modulares era porque é uma especialidade da EBSE e poderia ser montada e desmontada para usa-la quando fosse a época. Braga disse que “Imaginamos todos  os detalhes. A árvore não poderia ser uma estrutura que ficasse fincada no chão, para não ferir o piso secular do Outeiro. Não quisemos usar solda para monta-la e nem desmonta-la, usando maçaricos para cortar sua estrutura. Construímos na própria EBSE e transportamos para onde iria ficar montada. Até mesmo o guindaste deveria ter uma condição de ser usado do lado de fora para evitar qualquer interferência na estrutura do portão, do muro, enfim. Nenhuma interferência e todo respeito.”

A árvore de natal do Outeiro mede 25 metros e pesa cerca de 10 toneladas. Para isso, foi montado um piso de areia para que sua base ficasse instalada de forma a não ter contato com as pedras do pátio da igreja. Tudo foi pensado.  A árvore já foi montada e a sua iluminação está sendo instalada. A inauguração está marcada para o dia  7 de novembro, como diz o provedor da Imperial  Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro o empresário Renato Abreu: “O projeto foi proposto pela Imperial Irmandade como uma forma de motivar os fiéis e de alegrar a região. O público poderá visitar o espaço, no pátio da igreja, a partir do dia 7 de novembro. A inauguração vai contar com uma bênção do arcebispo do Rio, o  Cardeal Dom Orani Tempesta, marcada para as 19h. Precisávamos achar algum motivo para motivar a irmandade. As missas estavam suspensas e, depois, voltaram com um espaçamento muito grande entre as pessoas. Resolvemos ter alguma atividade para manter o grupo reunido.”

Logo abaixo da árvore, foi projetado um presépio com a sagrada família em tamanho natural,  com uma iluminação especial. Durante a visita, o público ainda ouvirá música sacra. Nos anos anteriores, as montagens eram dentro da igreja, em escala menor. Alexandre Braga também faz outra revelação: “Usamos o nosso conhecimento  de construção de vasos de pressão para deixar o  presépio protegido das intempéries, usando um tampo toroesférico, que é uma espécie  de calota,  que usamos em grandes equipamentos.”  A árvore  também foi projetada para ser reaproveitada nos próximos anos, com a montagem de suas peças. A variação será apenas na decoração, uma novidade a cada Natal. Tão logo ela seja desmontada no dia de Reis, 6 de janeiro,  a estrutura será levada e armazenada na própria EBSE pronta para ser  usada nos próximos anos com uma nova iluminação.