ELETROBRÁS VENDE PARTICIPAÇÃO EM PROJETO DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA NA NICARÁGUA
A Centrales Hidrelétricas de Centroamerica, empresa que a Eletrobrás detém 50 % das ações, vendeu todas as ações de sua subsidiária Centrales Hidrelétricas de Nicarágua, detentora da concessão do Projeto Hidrelétrico de Tumarin, na Nicarágua. O projeto tem potência de 253 MW. A venda foi efetuada por 44,2 milhões de dólares para a Empresa Niucaraguense de Eletricidad – ENEL – e para Distribuidora de Eletricidad Del Norte, a DISNORTE, que será compradora da energia elétrica a ser ser gerada. Essa negociação vai viabilizar a execução deste projeto. A decisão encerra também o investimento da Eletrobrás na Centrales Hidrelétricas de Centroamérica. O investimento da estatal brasileira no primeiro trimestre deste ano registrado naquela empresa foi de R$ 87,8 milhões.
A decisão dos acionistas da Eletrobrás de rejeitar a renovação da concessão de distribuidoras do grupo está sendo considerada de extrema importância, já que remove mais rapidamente perdas financeiras geradas com esses ativos e ajuda na recomposição de caixa da companhia.
O Credit Suisse avaliou em relatório que: “Para o resto do setor, [a decisão] também é relevante, pois aciona o processo de troca de controle de ativos de distribuição, que são alvos claros de empresas como Equatorial e, em breve, Energisa”. Na semana passada, os acionistas da Eletrobrás já rejeitaram a renovação das concessões das distribuidoras Amazonas Energia, Eletroacre, Boa Vista Energia, Ceal (Alagoas), Ceron (Rondônia) e Cepisa (Piauí). Na prática, isso fará com que as empresas sejam privatizadas até o fim de 2017.
O J.P. Morgan, as distribuidoras de energia Equatorial, Energisa e Neoenergia teriam vantagens competitivas na futura privatização das distribuidoras da Eletrobrás, por terem proximidade geográfica com as concessões. Isso vai fazer com que possam extrair ganhos de escala e sinergia com as concessões de distribuição que já têm: “Nosso melhor palpite é que o processo de privatização será feito em etapas e deve começar apenas no ano que vem”, diz o relatório do banco
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