ELETRONUCLEAR BUSCA REGULARIZAR FINANCIAMENTOS APÓS REDUÇÃO DE ATIVIDADES EM ANGRA 3

A Eletronuclear deve concluir em breve as negociações para regularizar o financiamento das obras da usina nuclear da Angra 3, em acordo que firma R$ 14,9 bilhões em investimentos. A expectativa da empresa é de que essa regularização financeira leve à normalização das atividades na termelétrica, reduzidas recentemente pela fornecedora de materiais e serviços para a termelétrica, a francesa Areva.

A estatal conta com os recursos que devem ser liberados por meio do financiamento assinado com a Caixa Econômica Federal. O valor previsto no acordo é de R$ 3,8 bilhões, destinados aos componentes importados do empreendimento energético. A Eletronuclear aguarda ainda a aprovação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do novo valor da tarifa de energia de Angra 3. A medida pode dar à companhia as condições necessárias para negociar, com o BNDES, um complemento para o financiamento da parte nacional da usina.

A Areva informou, na última semana, ter reduzido temporariamente as atividades na construção do empreendimento nuclear. O motivo, segundo a empresa, seriam os “atrasos verificados na obtenção de financiamento para o restante das atividades do projeto”. Segundo a fornecedora, as atividades retornarão ao normal assim que a Eletronuclear garantir uma solução financeira sustentável para o projeto.

A companhia francesa é responsável pelo fornecimento de serviços de engenharia e componentes, assim como instrumentação e controle do sistema do reator da usina. Com 1.405 MW de capacidade instalada prevista, Angra 3 será a terceira usina nuclear brasileira, e deve entrar em operação comercial no segundo semestre de 2018.