ELETRONUCLEAR DEVE SER ENQUADRADA EM PLANO DE DEMISSÃO DA ELETROBRÁS

Os executivos que passaram pelo setor de energia nuclear brasileiro – ou que ainda atuam nele – constantemente tocam no ponto da falta de mão de obra qualificada na área. “Estão quase todos com cabelos brancos”, disse o presidente da Abdan, Antônio Müller, em evento recente para jornalistas. No entanto, a Eletrobrás se prepara para iniciar um plano de demissão na Eletronuclear, poucos anos antes de uma nova usina, Angra 3, entrar em operação.

Questionada, a Eletronuclear não se pronuncia sobre o caso e o repassa à controladora. A Eletrobrás, por sua vez, afirma que o plano ainda não está fechado e que por isso não comenta a questão. Já o presidente da companhia, José da Costa Carvalho Neto, não nega e voltou a falar no assunto nesta quinta-feira (12), afirmando que o plano deve começar em breve na estatal de geração nuclear.

O objetivo da Eletrobrás é alcançar um total de 5,4 mil demissões, sendo que já aderiram ao plano 4,3 mil. Ainda não há números fechados de quantos funcionários da Eletronuclear deverão deixar o trabalho para que a estatal alcance suas metas, mas recentemente o diretor financeiro da Eletrobrás, Armando Casado, afirmou que esperam de 400 a 500 demissões.

Como vão suprir a demanda por novos funcionários qualificados quando Angra 3 entrar em operação? Há novos planos de qualificação no setor? – são perguntas que até agora a empresa não quis – ou não soube – responder.

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