EMMANUEL MACRON QUER PRESSA PARA VOLTAR AO ACORDO NUCLEAR E PEDE AO IRÃ COMPROMISSOS CLAROS PARA OBTER AVANÇOS

macronJá tem diplomatas que não conseguem mais argumentos para debater com os líderes iranianos o problema das centrífugas e o enriquecimento de urânio a níveis militares. O Irã vai ganhando tempo e, como se diz no popular, “empurrando com a barriga” até onde der. A situação aflige os israelenses que não aceitarão a permanência desta situação e pressionam os países aliados europeus e os Estados Unidos por uma solução mais veloz.  O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu a mensagem e está declarando que há uma “necessidade de acelerar” as negociações para obter avanços sobre o acordo nuclear. Macron conversou pelo telefone  com o presidente iraniano Ebrahim Raisi.

O Presidente francês “reiterou sua convicção de que uma solução diplomática é possível e imperativa” sobre o acordo nuclear e afirmou que isto “exigirá compromissos claros e suficientes de todas as partes“, afirmou a assessoria francesa em um comunicado. “Vários meses após a retomada das negociações em Viena, ele insistiu na necessidade de acelerar para alcançar rapidamente avanços concretos”, completa o texto. Durante uma longa conversa com o presidente iraniano, Macron destacou a “necessidade de que o Irã demonstre uma abordagem construtiva e retorne ao pleno cumprimento de suas obrigações”.

A presidência iraniana afirmou, em um comunicado, que “nas negociações, a República Islâmica tem demonstrado sua vontade e seriedade para alcançar um acordo, e qualquer esforço da outra parte neste sentido deve incluir a suspensão das sanções, a verificação e garantias significativas”.  Para lembrar, o diálogo para salvar o acordo, que começou em abril do ano passado em Viena e foi retomado no fim de novembro após uma interrupção de cinco meses. Agora, tudo está parado. Os diplomatas retornaram a seus países para consultas e para receber instruções, antes de novos encontros na próxima semana.

O acordo, assinado em 2015 entre Irã, Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia, determinava a suspensão progressiva das sanções internacionais contra a República Islâmica em troca de uma limitação drástica de seu programa nuclear. Mas em 2018, o governo dos Estados Unidos, presidido na época por Donald Trump, se retirou de forma unilateral do acordo e voltou a adotar sanções econômicas contra o Irã, que em resposta deixou de cumprir progressivamente seus compromissos na área nuclear. Washington participa de maneira indireta nas negociações, com a União Europeia e as outras partes atuando como mediadores.

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