EMPRESA DE CINGAPURA INICIA REVISÃO DE CONTRATOS COM REPRESENTANTE NO BRASIL POR CAUSA DA LAVA-JATO
A Keppel Fels, companhia de engenharia naval de Cingapura, anunciou que está revisando seu acordo com o representante comercial da empresa no país, Zwi Skornicki, e com a Eagle do Brasil, grupo pelo qual Skornicki realizava as operações da companhia no país. A Keppel esteve envolvida no depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobrás, na nova fase da Operação Lava-Jato. De acordo com Barusco, o representante teria desembolsado uma quantia próxima a US$ 20 milhões para pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores e cerca de US$ 12 milhões a Renato Duque.
A empresa garantiu que há cláusulas anti-corrupção em seu acordo com o representante e a Eagle do Brasil. “A Keppel Fels está fazendo uma revisão detalhada na operação com a Eagle do Brasil e Zwi Skornicki. O acordo da empresa com a Eagle do Brasil categoricamente determina que tanto a empresa quanto Zwi Skornicki não devem fazer, direta ou indiretamente, qualquer pagamento inapropriado de dinheiro ou qualquer objeto de valor a qualquer pessoa que tenha ligação com o contrato”, ressaltou o grupo em nota oficial.
A Keppel opera o estaleiro de Brasfels (foto) desde 2000 e tem seis contratos importantes com a Petrobrás, firmados entre 2003 e 2009 na área de exploração e produção. Conforme indica o depoimento de Barusco, por volta de 1% de todos os contratos eram direcionados para o pagamento de propina, o que nesse caso alcançaria a quantia de US$ 3,5 milhões.
Quanto é mesmo 1% de 4 bilhões???