ENBRIDGE PROMETE PROCESSAR ATIVISTAS QUE FECHARAM O OLEODUTO DA LINHA 5 SOB O LAGO DE MICHIGAN
A guerra entre ambientalistas, governo estadual e a gigante canadense Enbridge envolvendo a interrupção do fluxo de combustíveis da Linha 5, que corta o Lago de Michigan, está cada vez mais tendo o seu tom elevado. Depois de mais um protesto ontem (20), que teve até uma invasão às instalações da empresa e o fechamento simbólico da linha, a Enbridge fechou seu oleoduto Line 5 por várias horas. Depois que os manifestantes invadiram uma instalação em Michigan e adulteraram o oleoduto, disse um porta-voz da Enbridge na quarta-feira, a decisão de fechar o fluxo foi tomada pela companhia desde sua sede, em Calgary, no Canadá. A Linha 5 envia cerca de 540.000 barris por dia de produtos crus e refinados desde Superior, Wisconsin, para Sarnia, em Ontário. Somente depois de várias horas o oleoduto voltou a operar, segundo o porta-voz Ryan Duffy. A empresa, no entanto, disse que não houve qualquer impacto logístico para seus clientes.
A linha 5 é uma parte importante da rede Enbridge Mainline, que entrega cerca de 3 milhões de barris por dia de petróleo bruto no oeste do Canadá para refinarias nos Estados Unidos e no leste do Canadá. O oleoduto está no centro de uma disputa entre a Enbridge, e o estado de Michigan, que em maio ordenou que a empresa parasse todas as operações por temer um vazamento de óleo depois que a âncora de uma embarcação quase rompeu o duto, que seria uma tragédia ambiental, já que toda região, que engloba várias cidades, como Detroit, dependem da água do lago.
Para lembrar, há a expectativa da construção de um túnel, que está projetado para ser construído a 30 metros abaixo do fundo do lago para lançar o duto. A empresa construtora usou a tecnologia da empresa brasileira Liderroll, quando da construção do túnel do Gastau, em São Paulo, para convencer a sociedade, o governo e a justiça de Michigan, para a segurança da operação. No início deste mês, o governo canadense, que se aliou publicamente à Enbridge, intensificou a disputa invocando um tratado de oleoduto de 1977 com os Estados Unidos para desencadear negociações bilaterais sobre o oleoduto. A empresa informou que buscará a acusação de todos os envolvidos no protesto: “As ações tomadas para invadir ilegalmente nossas instalações em Michigan e tentar adulterar a infraestrutura de energia foram imprudentes e perigosas”, segundo comunicado da companhia.
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