ENTIDADES DO SETOR NAVAL REPUDIAM DECISÃO DA PETROBRÁS DE CONVIDAR APENAS ESTRANGEIROS PARA LICITAÇÃO DE MÓDULOS | Petronotícias




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ENTIDADES DO SETOR NAVAL REPUDIAM DECISÃO DA PETROBRÁS DE CONVIDAR APENAS ESTRANGEIROS PARA LICITAÇÃO DE MÓDULOS

PetrobrasA divulgação por parte da Petrobrás de licitação na modalidade “Convite” para a construção de módulos de compressão de gás para navios-plataformas, convidando apenas a empresas estrangeiras, fere diretamente a política de conteúdo local e gerou uma reação imediata por parte de diversas entidades representantes dos trabalhadores da indústria naval nacional, que assinaram uma carta conjunta repudiando o ato da companhia.

No texto, os sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais lembram da implantação da Política de Conteúdo Local, iniciada ainda no governo Lula, em 2003, através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e outros programas que resgataram o setor naval brasileiro.

Convidar apenas empresas estrangeiras afeta toda uma cadeia de negócios que vem sendo um dos motores do país. Diversos setores da sociedade são afetados por decisões como essa, diminuindo,como efeito imediato, os níveis de geração de emprego e renda dos trabalhadores deste segmento, enfraquecendo toda a economia nacional.

Se o número de funcionários da indústria naval saltou de 2 mil em 1990 para 82 mil hoje em dia, segundo às entidades, se deve à valorização das empresas nacionais. Um movimento contrário pode acabar sendo drástico para o país.

Na carta, as entidades classificam como “abominável”, “retrógrada” e “inadmissível” a decisão da Petrobrás. A companhia sustenta a retirada da construção das embarcações na Operação Lava-Jato, mas acaba por afetar o elo mais fraco da corrente, trabalhadores da indústria que, sem projeto, acabam por ser demitidos pelas empresas envolvidas, e até mesmo as que não estão envolvidas, no caso.

A inadimplência no pagamento de aditivos de contrato também é lembrada ao fim do documento, sendo requisitada uma revisão imediata da questão.

Assinaram a carta a CNM/CUT, Sindimetal Niterói e Itaboraí, Sindimetal Município do Rio de Janeiro, Sindimetal Rio Grande/RS, Sindimetal Itajaí, Sindimetal Recôncavo Baiano, Sindimetal Pernambuco, Sindimetal/ES, Sindimetal Angra dos Reis, Sindimetal Maragogipe/BA, FEM-RS, FIEM-RJ/ES, Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT, Federação Única dos Petroleiros – FUP, Sintepav-BA (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia), FENATRACOP/Força Sindical/BA e Fetim/BA.

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